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Internacional
Terça - 19 de Setembro de 2006 às 05:15

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Assessores do presidente palestino, Mahmoud Abbas, e do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, iniciaram em março negociações preliminares em Paris e depois em Madri, informa hoje o jornal "Maariv".

Sob a manchete "O Plano Madri", o jornal israelense revela que três ou quatro assessores de cada lado, homens de confiança que no passado estiveram participaram de outras negociações bilaterais, se encontraram pelo menos três vezes nos últimos sete meses.

O primeiro encontro foi em Paris, entre 2 e 4 de março; o segundo em Madri, entre 21 e 23 de julho; e o terceiro, também na capital espanhola, há nove dias.

O jornal descreve os contatos como "um canal extra-oficial", mas que conta plenamente com o apoio de Abbas e Olmert. Os contatos tiveram ainda a mediação de Governos europeus, segundo a notícia.

Dois assessores muito próximos ao presidente palestino, que já tomaram parte em outras negociações, foram enviados pessoalmente por Abbas e autorizados a falar em seu nome. Os interlocutores do lado israelense são um ex-alto comandante que até há pouco estava no centro das decisões do Ministério da Defesa; um funcionário que fazia parte do círculo de confiança do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon e "com acesso" também a Olmert; e um especialista em negociações internacionais da equipe do ex-primeiro-ministro Ehud Barak.

As duas partes, diz o jornal, chegaram a um documento preliminar que poderia criar as bases de futuras negociações de paz, incluindo aspectos que no passado haviam sido rejeitados pela ANP.

O primeiro passo seria um cessar-fogo absoluto de todas as milícias palestinas. No segundo, Israel permitiria à ANP retomar o poder e a autoridade. Em seguida, o Exército israelense recuaria até as posições que ocupava antes de setembro de 2000, quando começou a Intifada.

Israel também cessará todas as atividades militares, com exceção das destinadas a evitar atentados suicidas, e permitirá aos palestinos continuidade territorial por meios de transporte.

O jornal afirma que Abbas aprovou o "pacote estabilizador". Já os israelenses enviaram uma cópia do documento para ser estudado pelo primeiro-ministro.

As fontes citadas afirmam que Abbas também estuda a possibilidade de aceitar a criação de um Estado palestino com fronteiras provisórias, "com garantias da comunidade internacional de que num prazo definido de antemão a ocupação terminará".

No segundo encontro, realizado em Madri durante a Guerra do Líbano, a parte palestina inclusive tentou interceder para que o Hisbolá devolvesse os dois soldados israelenses capturados.

O documento redigido descrevia o processo para o cessar-fogo. Mas os israelenses não puderam falar com Olmert e um ministro de sua esfera de confiança disse que no momento era melhor deixar o Exército lidar com o Hisbolá.





Fonte: EFE

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