EUA criticam Venezuela e Mianmar por narcotráfico

Os Estados Unidos criticaram a Venezuela e Mianmar na segunda-feira por fazer pouco no combate ao comércio de drogas, mas decidiram não suspender a ajuda a Caracas, um importante fornecedor de petróleo aos EUA.

A Venezuela, o quinto maior exportador de petróleo do mundo, obteve uma exceção que lhe permite evitar reduções à ajuda que recebe dos EUA. O corte seria feito, uma vez que os EUA consideraram que o país falhou em cumprir os acordos internacionais para combater o narcotráfico.

A medida lembra a decisão de Washington sobre a mesma questão no ano passado, quando deu a Caracas a mesma nota baixa, mas não impôs sanções para que os EUA pudessem manter os programas que visam a ajudar as instituições democráticas da Venezuela e reforçar seus partidos políticos.

O governo venezuelano rejeitou a avaliação norte-americana, afirmando que os EUA pretendem "politizar" a questão.

"A indicação explícita de que o governo Bush continuará a financiar grupos de oposição sob o disfarce de ''fortalecer a democracia'' deixa aparente que eles estão mais preocupados em mudar o regime do que em combater o tráfico de drogas", disse o governo venezuelano por meio de nota divulgado por sua embaixada em Washington.

A Casa Branca também disse que continua preocupada com o trabalho da Bolívia contra as drogas, dizendo que o governo boliviano havia adotado políticas "que permitiram a expansão do cultivo de coca e reduziram significativamente a erradicação". Os EUA disseram que iriam estabelecer metas para a Bolívia e revisariam seu desempenho em seis meses. O Brasil também aparece na lista de países de grande produção ou trânsito de drogas do governo dos EUA, ao lado de Bahamas, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, Haiti, Índia, Jamaica, Laos, México, Nigéria, Paquistão, Panamá, Paraguai e Peru.