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Morales aposta no diálogo para melhorar as relações com Brasil
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta segunda-feira que o diálogo servirá para resolver as diferenças com o Brasil sobre sua política energética e com o Chile em relação à histórica disputa por uma saída ao mar.
Ao chegar pela primeira vez aos Estados Unidos, onde na terça-feira discursará durante a Assembléia Geral das Nações Unidas, Morales manifestou também o desejo de que Washington apoie seu processo esquerdista de mudanças na Bolívia.
"Queremos ter diálogo com os diferentes governos (...) queremos sustentar essas relações com todos os países, gostaria que os Estados Unidos, como governo, ajudem neste processo de mudanças. É o grande desejo que temos", disse ele à CNN.
Morales fez essas declarações em Atlanta, onde antes se encontrou com o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, que o aconselhou, segundo a agência estatal boliviana ABI, a buscar o diálogo e acordos para tirar a Bolívia da sua pobreza extrema.
Nacionalização A decisão econômica mais polêmica tomada pelo governo Morales desde a sua posse, em janeiro, foi a nacionalização dos recursos energéticos, decretada em maio, o que criou um confronto com a estatal brasileira Petrobras.
Morales disse que a intenção do decreto e das decisões subseqüentes não é a de ignorar a propriedade privada. "Jamais vamos confiscar. Se há uma nacionalização do gás, do petróleo na Bolívia é para que o governo, o Estado, exerça o direito de propriedade sem confiscar nem expropriar as empresas", afirmou.
Ele admitiu que há diferenças técnicas entre Bolívia e Brasil em torno do fornecimento atual de 26 milhões de metros cúbicos de gás natural para São Paulo, mas disse estar seguro de que, nas decisões políticas com o presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva), os problemas serão resolvidos.
A Bolívia está negociando novos contratos com as operadoras do setor energético, dominado pela Petrobras, pela espanhola Repsol-YPF e pela francesa Total, para adequá-los ao processo de nacionalização. Morales também falou com cautela sobre as relações com o Chile, país com o qual a Bolívia mantém uma histórica disputa por uma saída ao mar - em uma guerra no século 19, o Chile anexou o então litoral boliviano do Pacífico.
"Temos excelentes relações entre as Forças Armadas da Bolívia e do Chile. Não estamos em guerra, não estamos em tempos de nos invadir, não estamos em tempo de nos confrontar, estamos em tempo de resolver problemas sociais, temas históricos", afirmou. "Queremos apostar em soluções pacificas, duradouras, econômicas e sociais", acrescentou. Bolívia e Chile não mantêm relações diplomáticas desde 1978.
Ao chegar pela primeira vez aos Estados Unidos, onde na terça-feira discursará durante a Assembléia Geral das Nações Unidas, Morales manifestou também o desejo de que Washington apoie seu processo esquerdista de mudanças na Bolívia.
"Queremos ter diálogo com os diferentes governos (...) queremos sustentar essas relações com todos os países, gostaria que os Estados Unidos, como governo, ajudem neste processo de mudanças. É o grande desejo que temos", disse ele à CNN.
Morales fez essas declarações em Atlanta, onde antes se encontrou com o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, que o aconselhou, segundo a agência estatal boliviana ABI, a buscar o diálogo e acordos para tirar a Bolívia da sua pobreza extrema.
Nacionalização A decisão econômica mais polêmica tomada pelo governo Morales desde a sua posse, em janeiro, foi a nacionalização dos recursos energéticos, decretada em maio, o que criou um confronto com a estatal brasileira Petrobras.
Morales disse que a intenção do decreto e das decisões subseqüentes não é a de ignorar a propriedade privada. "Jamais vamos confiscar. Se há uma nacionalização do gás, do petróleo na Bolívia é para que o governo, o Estado, exerça o direito de propriedade sem confiscar nem expropriar as empresas", afirmou.
Ele admitiu que há diferenças técnicas entre Bolívia e Brasil em torno do fornecimento atual de 26 milhões de metros cúbicos de gás natural para São Paulo, mas disse estar seguro de que, nas decisões políticas com o presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva), os problemas serão resolvidos.
A Bolívia está negociando novos contratos com as operadoras do setor energético, dominado pela Petrobras, pela espanhola Repsol-YPF e pela francesa Total, para adequá-los ao processo de nacionalização. Morales também falou com cautela sobre as relações com o Chile, país com o qual a Bolívia mantém uma histórica disputa por uma saída ao mar - em uma guerra no século 19, o Chile anexou o então litoral boliviano do Pacífico.
"Temos excelentes relações entre as Forças Armadas da Bolívia e do Chile. Não estamos em guerra, não estamos em tempos de nos invadir, não estamos em tempo de nos confrontar, estamos em tempo de resolver problemas sociais, temas históricos", afirmou. "Queremos apostar em soluções pacificas, duradouras, econômicas e sociais", acrescentou. Bolívia e Chile não mantêm relações diplomáticas desde 1978.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/275026/visualizar/
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