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Segunda - 18 de Setembro de 2006 às 19:31
Por: Juliene Leite

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O III Encontro da Diversidade Cultural desta segunda-feira (18) na Literamérica 2006 trouxe a discussão da profissionalização do mercado cultural brasileiro. Com o tema “Economia Cultural”, o palestrante, professor de Economia Luís Carlos Prestes Filho, focou a necessidade de profissionalizar o mercado no Brasil, além mostrar o panorama cultural do país e apontar os principais desafios dentro do mercado global.

Luís Carlos é membro da Superintendência de Economia Cultural, órgão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município do Rio de Janeiro e voltado para a indústria criativa de planejamento e desenvolvimento a economia cultural. A idéia é aglutinar as ações de gestões públicas, que na maioria das vezes está distante do trabalho das empresas culturais.

“Assim como formamos administradores, engenheiros, há a necessidade de formar também técnicos em cultura. Pessoas especializadas em rádio, televisão, teatro, música, com alto nível de conhecimento em equipamentos de última geração, com uma visão de gestão administrativa ao organizar estratégias de venda, de divulgação, ainda demonstrar conhecimento de mercado autoral e editorial”, salienta o economista.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Superintendência no ano de 1999, as atividades culturais no estado do Rio de Janeiro geraram um valor correspondente a 3,8% do PIB estadual (R$ 133 bi) equivalente a R$ 5,6 bilhões. “Infelizmente nem todos conseguiram visualizar a importância de encarar a cultura como forma de aumentar o ICMS e outros impostos agregando renda para os municípios, Estados e para o País”, afirma.

Ainda segundo o economista, não tem como fugir da realidade mundial, pois o Brasil tem que se inserir nesse processo e os profissionais voltados para esta área têm de estar atentos para criar estratégias que conquistem o mercado. Luiz Carlos cita a Rede Globo, que vende suas novelas para vários outros países e produz produtos como o Big Brother.

“A Globo não deveria apenas vender as novelas e pronto, mas ter todo um esquema que garanta que o produto seja todo consumido. Quando a novela é exibida em outro país, a empresa estrangeira elimina o idioma português e tralha sonora de música brasileira. Pois a novela é um veículo utilizado para a indústria da música lançar as músicas que elas querem”, afirma.

“As multinacionais imperam no mercado brasileiro e na América Latina. Os produtos estrangeiros consumidos no Brasil chegam ao patamar de 95% e englobam filmes, músicas e demais produtos. Os filmes e músicas comerciais são feitos para atender um consumo imediato. Nós temos que fazer nosso espaço aumentar e profissionalizar o nosso mercado. Uma nova consciência em relação à qualidade de produção as maracás brasileiras para assim poder competir com pé de igualdade com marcas de renome internacional”, finaliza o economista.





Fonte: Da Assessoria

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