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Embraer estuda novos jatos executivos e aposta em meta do setor
"Temos dois gaps de produtos entre o Phenom 300 e o Legacy, e entre o Legacy e o Lineage", afirmou em entrevista à imprensa nesta segunda-feira o vice-presidente para Mercado de Aviação Executiva da fabricante brasileira, Luís Carlos Affonso.
"Estamos estudando a possibilidade de serem jatos totalmente novos ou derivativos (de aviões atuais da empresa)", acrescentou o executivo sem informar quando a empresa pretende ter uma posição sobre futuros modelos.
O executivo afirmou que a Embraer continua com a meta de o faturamento da aviação executiva atingir 20 por cento da sua receita nos próximos cinco a dez anos, praticamente dobrando a participação atual. "Mas eu estou bem otimista que estamos indo bem e hoje acredito que isso pode ser superado."
A Embraer começou a atuar no segmento de aviação executiva em 2002, entregando até agora 80 jatos Legacy. Isso dá à empresa cerca de 13,5 por cento de participação no mercado mundial de aviões executivos de médio porte, relatou Affonso.
O jato Phenom 300 é um avião de 6,65 milhões de dólares para até nove passageiros e integra a nova família de jatos executivos da empresa que devem entrar em operação a partir de meados de 2008.
O Legacy é um modelo para até 16 passageiros que já vem sendo comercializado pela Embraer desde 2002. O Lineage, que tem preços a partir de 40,95 milhões de dólares, é uma aeronave para até 19 passageiros, derivada da recém-lançada família 190, voltada para a aviação comercial.
Affonso informou que a idéia da Embraer é que a primeira possível nova aeronave executiva seja lançada para atender o segmento entre o Phenom 300 e o Legacy. "Haveria espaço para dois jatos entre 9 e 11 assentos."
MARKETING MAIS AGRESSIVO
Com os novos modelos da família Phenom e Lineage, a empresa inaugura uma nova fase, apostando mais fortemente em marketing para divulgar seus produtos voltados a clientes individuais.
Sem falar em valores, Affonso informou que a companhia está diversificando anúncios para além de apenas publicações de aviação e patrocinando eventos esportivos.
A companhia incentiva a equipe do cavaleiro medalhista olímpico Rodrigo Pessoa, depois de patrocinar o barco Brasil 1, comandado pelo iatista Torben Grael durante a regata Ocean Race. "O público que gosta desses esportes, gosta de aviões executivos", disse Affonso.
A ênfase se revela pelo potencial do mercado brasileiro que, segundo o executivo, é atendido atualmente por aviões turbo-hélice e muitas aeronaves com mais de 15 anos de uso poderiam ser substituídas por modelos a jato como os Phenom, que voam acima da turbulência e têm custo operacional menor.
Affonso informou que a Embraer não tem planos de começar a fabricar jatos executivos na China, após a encomenda de aeronaves comerciais, avaliada em 2,7 bilhões de dólares, recebida da HNA e anunciada no fim de agosto.
"O mercado chinês é o que mais cresce no mundo, 9 por cento ao ano, mas ainda é muito pequeno. A produção local traz vantagens como redução de impostos, mas precisa de mercado."
Ele calculou que o mercado mundial nos próximos 10 anos demandará 10 mil aviões executivos, movimentando 145 bilhões de dólares.
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