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Nacional
Segunda - 18 de Setembro de 2006 às 07:33

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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que não há motivo para uma revisão da projeção de crescimento do Brasil depois da desaceleração registrada no segundo trimestre por conta de efeitos pontuais.

"Não há dúvidas de que o país está no caminho do crescimento sustentado desde o terceiro trimestre de 2003 com alguma volatilidade", disse Meirelles, durante uma conferência. "Claramente, tivemos uma volatilidade temporária por conta de ajustes no nível de estoques".

O Produto Interno Brasileiro (PIB) cresceu apenas 0,5 por cento no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano.

"No segundo trimestre a Copa do Mundo foi um fator. Em dia de jogo do Brasil o país pára. Esta é uma paixão nacional... isso representa menos horas trabalhadas", afirmou Meirelles durante palestra promovida pela Câmara Brasil-Estados Unidos de Comércio.

Uma greve e algumas paralisações de fábricas em São Paulo também reduziram o número de horas trabalhadas entre abril e junho, disse.

"Não há razão para uma revisão da tendência de crescimento do Brasil", acrescentou Meirelles.

O governo brasileiro espera um crescimento de 4 por cento da economia este ano, mais alto do que a estimativa feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 3,6 por cento. O FMI prevê uma expansão econômica de 4 por cento em 2007.

Meirelles argumentou que o aumento na criação de empregos formais, para uma média de 1,2 milhão de postos de trabalho no período 2004-2006, ante 667 mil em 2003, e o aumento no ganho médio real do trabalhador sustentavam o crescimento.

A expansão do crédito e os estímulos fiscais também devem incrementar o crescimento na segunda metade do ano, afirmou Meirelles, que evitou responder a perguntas de jornalistas brasileiros sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Fazenda caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja reeleito.

"A demanda é bem menos volátil do que o crescimento da oferta", disse Meirelles a jornalistas. "Uma vez que a volatilidade da oferta moderar, nós teremos uma economia mais estável".

Meirelles comentou ainda sobre a inflação no país. "Não há muita dúvida que a inflação está dentro da meta", disse. Meirelles não quis comentar se o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC fará novos cortes na taxa básica de juros este ano.





Fonte: Reuters

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