Chirac propõe conferência internacional sobre o Líbano
Chirac fez este anúncio em entrevista à emissora de TV "Europe 1" horas antes de viajar aos Estados Unidos, onde assistirá à Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
"Desejamos participar da reconstrução do Líbano, já que além da solução política (...) está a reconstrução do Líbano, que exige uma comunidade internacional unida", manifestou Chirac.
Por isso, o chefe de Estado francês adiantou que proporá "especialmente uma conferência internacional que possa permitir a reconstrução do Líbano graças à ajuda internacional".
Após lembrar que as relações entre França e o Líbano são "antigas, profundas e sólidas", Chirac criticou novamente o "caráter completamente excessivo da repressão" armada israelense ao país árabe.
No plano da segurança, o presidente francês advertiu que a situação política "continua sendo frágil", e mostrou seu desejo que se apliquem "sem reservas" todas as resoluções da ONU sobre o Líbano, especialmente as que insistem sobre a necessidade que se reforce sua soberania.
Neste sentido, e em alusão à milícia xiita libanesa do Hisbolá, Chirac considerou "normal que haja uma corrente que expresse politicamente o que pensa (...), mas o que é contestável é que se expresse pela força, com milícias armadas".
"Não há um país que possa aceitar que uma parte de seu território seja controlada por milícias armadas", ressaltou.
A França, que tem o comando até fevereiro da Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (Finul), se dispõe em postar dois mil soldados no país.
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