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Internacional
Domingo - 17 de Setembro de 2006 às 18:39

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O gabinete de Israel apontou no domingo uma comissão para investigar a maneira com que o governo e o exército lidaram com a guerra no Líbano, curvando-se aos pedidos por uma investigação, mas rejeitando as demandas dos veteranos por um inquérito independente.

O primeiro-ministro Ehud Olmert entrou na mira de críticos que dizem que ele lançou uma campanha mal preparada no Líbano que não conseguiu acabar com o grupo guerrilheiro Hizbollah, após o sequestro de dois soldados israelenses em um ataque pela fronteira em julho.

O Hizbollah disparou quase 4 mil mísseis contra Israel durante o conflito de 34 dias e reservistas israelenses que lutaram no Líbano reclamaram do fraco planejamento e das táticas ruins.

Milhares de israelenses participaram dos protestos para pedir um inquérito independente sobre a guerra pela chamada comissão estatal, cujos membros seriam apontados por um juiz da corte suprema.

Olmert disse que tal investigação, que em guerras passadas entre árabes e israelenses gerou demissões de alto escalão, consumiria muito tempo.

Ao invés disso, o gabinete aprovou por uma votação de 20 a 2, com uma abstenção, a nomeação de Olmert do juiz aposentado Eliayhu Winograd, e quatro outros membros, para um painel que irá examinar como os líderes políticos e comandantes militares conduziram a guerra.

Fora do escritório do primeiro-ministro, dezenas de veteranos fizeram uma manifestação, segurando faixas pedindo a demissão de Olmert, do ministro da Defesa, Amir Peretz, e do chefe do Exército, tenente-general Dan Halutz.

Os manifestantes levaram também um burro com um cartaz que dizia: "Só um asno não vê que o Comitê Winograd é um encobrimento de falhas."





Fonte: Reuters

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