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Internacional
Domingo - 17 de Setembro de 2006 às 05:28

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A violência separatista chegou na noite deste sábado à cidade de Hat Yai, o centro econômico e turístico da região muçulmana do sul, onde cinco pessoas morreram e cerca de 65 ficaram feridas pela explosão de uma série de bombas.

Entre as vítimas fatais se encontram um cidadão chinês e um canadense que dava aulas de inglês em Hat Yai, 700 quilômetros ao sul de Bangcoc, apesar de algumas fontes, como a agência "TNA", afirmarem que na verdade quatro pessoas morreram.

Algo parecido ocorre com o número de feridos, apesar de a maioria da imprensa local dizer que aproximadamente 65 pessoas deram entrada em vários hospitais da cidade com ferimentos.

Somporn Thaibanyong, governador da província de Songkhla, cuja capital é Hat Yia, assinalou que 20 das vítimas sofrem ferimentos graves e que o príncipe herdeiro, Maha Vajiralongkorn, deve visitar os internados aproveitando a viagem que realiza pela região.

Segundo a Polícia, entre os feridos, em sua maioria tailandeses, há também dois malaios, dois cingapurianos, dois indianos, um americano e um britânico.

Além disso, foram registrados graves danos materiais, a julgar pelas imagens de televisão que mostravam uma cidade envolvida em um caos de chamas, escombros e veículos destruídos.

As informações divulgadas pelo jornal "The Nation" indicam que foram seis os artefatos que explodiram na noite de sábado em uma área com bares, restaurantes e bancos de Hat Yai, em intervalos de apenas cinco minutos.

Segundo a fonte, a primeira das bombas explodiu na entrada do pub "Deep Wonder", localizado em baixo de um centro comercial, enquanto a segunda e a terceira foram detonadas poucos metros abaixo, na mesma rua.

A quarta bomba explodiu em frente ao Hotel Garden Lee, e outras duas em um centro comercial e em um cinema, respectivamente.

A Polícia assinalou que as bombas causaram danos em um grande número de motos e carros estacionados na área.

Os investigadores acreditam que as bombas foram colocadas em motocicletas e detonadas por telefone celular, uma técnica empregada pelos separatistas que operam no sul muçulmano, onde está a cidade de Hat Yai, um centro de atração turística com mais de dez hotéis muito freqüentados por estrangeiros e locais.

As autoridades locais já haviam advertido sobre a possibilidade de que ocorresse uma onda de atentados nessa época, por causa do aniversário da fundação de "Bersatu", coalizão que agrupa vários grupos armados separatistas.

Além disso, os atentados coincidem com outro aniversário: a perda há um século da soberania do sultanato de Pattani e sua anexação forçosa à Tailândia.

Desde então, as províncias que formavam o sultanato (Pattani, Yala, Narathiwat e Songkhla), onde 80% da população é muçulmana, não deixaram de denunciar a discriminação sofrida por um Estado de maioria budista.

O conflito adquiriu seus mais altos índices com a volta às armas dos separatistas em uma espiral de violência que custou até o momento a vida de mais de 1.500 pessoas, principalmente funcionários do Governo e militares.

Em julho do ano passado, o Governo declarou lei de emergência em Yala, Narathiwat, Pattani e parte de Songkhla, onde estão postados cerca de 35 mil soldados para combater a insurgência.

A novidade deste novo atentado é que ele leva a violência para Hat Yai, um enclave estratégico devido a sua fronteira compartilhada com a Malásia.





Fonte: EFE

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