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Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 20:38

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O Indicador Serasa atesta que a inadimplência cresceu 14,2%, de janeiro a agosto, nos empréstimos e crediários pessoais, comparado a igual período do ano passado. A informação foi dada hoje (15) pelo assessor econômico da Serasa (Centralização dos Serviços Bancários S/A), Carlos Henrique Almeida.

Almeida disse que o crescimento da inadimplência em relação a agosto do ano passado aumentou 5,6%, mas destacou que o movimento é cadente nos últimos meses, porque as pessoas estão evitando contrair dívidas. "Ao contrário, estão priorizando o pagamento de dívidas antigas", afirmou. Segundo ele, isso explica a redução de 5,1% de inadimplência entre agosto e o mês anterior.

O assessor da Serasa ressaltou que a curva da inadimplência tende a se reduzir nos últimos meses, em virtude do menor ritmo da atividade econômica do país no segundo trimestre de 2006, como mostraram números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); e isso se soma também ao aumento real de salários e ao aumento do salário mínimo, de abril para cá, além dos dissídios de algumas categorias funcionais nesse início de semestre.

Almeida afirmou ainda que a recuperação dos salários está sendo ajudada pelo controle da inflação; mas, apesar disso, o consumidor "está tendo o cuidado de não assumir novos compromissos", à espera da recuperação da atividade econômica.

Ele disse que também caíram os financiamentos para compra de bens duráveis e de eletroeletrônicos, e acredita que o consumidor já está de olho nas compras para o Dia da Criança, dia 12 do mês que vem. O Dia da Criança é um momento do mercado que funciona como uma espécie de termômetro para as vendas de Natal e Ano Novo; portanto, "o consumidor já está olhando adiante", segundo ele.

O assessor da Serasa mandou, porém, um recado para despertar a atenção do consumidor para que ele não se deixe contagiar pelo espírito de solidariedade das festas de fim de ano, gastando mais do que pode. Afinal de contas, disse ele, é preciso lembrar que todo início de ano é a mesma coisa com a concentração de despesas como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e as matrículas escolares.

"Todos os anos a gente vê que o consumidor acaba se perdendo um pouco nas compras de final de ano. Então, é importante estar atento, ainda que as promoções do varejo sejam atraentes, com financiamentos de até 12 meses sem juros. Ainda vivemos ambiente de juros elevados, com altos encargos embutidos nessas promoções", advertiu Carlos Henrique Almeida. Ele recomenda que o consumidor compre apenas aquilo de que realmente precisa, deixando as compras dos demais itens mais para a frente, pois a tendência é de que os juros de mercado continuem a cair.





Fonte: Agência Brasil

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