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Internacional
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 17:50

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O novo ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia disse neste sábado que continuará com o processo de nacionalização do setor petrolífero e que respeitará o cronograma que diz que as empresas que operam o país têm até o início de outubro para renegociar seus contratos.

Carlos Villegas, ex-ministro de Planejamento, substituiu na sexta-feira Andrés Soliz, que pediu demissão após o governo ter suspendido a aplicação de uma resolução que regulamentava o controle pleno do Estado sobre o refino e o comércio interno e externo de hidrocarbonetos, o que provocou um forte choque com a Petrobras .

"Haverá continuidade no processo de nacionalização, primeiro devemos estabelecer acordos sobre os novos contratos. Para isso, se respeitará o cronograma da rodada de negociações com as petrolíferas até 9 de outubro", disse Carlos Villegas no sábado, pouco antes de assumir o controle do setor de energia.

O decreto promulgado em maio pelo presidente boliviano diz que todas as petrolíferas que operam no país teriam 180 dias para assinar os novos contratos que as converterá em prestadoras de serviço para a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).

A Petrobras, proprietária das duas únicas refinarias do país e afetada diretamente pela resolução assinada por Soliz, cancelou uma reunião programada para a sexta-feira em La Paz para negociar novos contratos de operação no país.

A operação de refino é um dos menores negócios da Petrobras na Bolívia, onde investiu 1,5 bilhão de dólares.

Apenas neste ano, o valor das exportações de gás da Bolívia para a Argentina e Brasil irão superar os 1,5 bilhão de dólares, segundo comunicados oficiais.

O governo boliviano iniciou nos últimos dias uma rodada de negociações com a francesa Total Chaco e British Gas.

Ainda assim, continuará o cronograma para definir novos contratos com as petrolíferas Andina, com a Repsol-YPF, Petrobras, Pluspetrol e outras empresas que operam na Bolívia desde 1997.





Fonte: Reuters

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