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Internacional
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 17:13

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A polícia de Bagdá encontrou mais doze corpos nas ruas da cidade neste sábado e representantes dos Estados Unidos e do Iraque prometeram proteger a capital com um novo cordão de isolamento, com postos de controle, barreiras de terra e trincheiras. O total de corpos já recuperados nos últimos quatro dias soma 180. As vítimas foram despejadas pela cidade, encontradas com marcas de tortura e tiros.

Alguns desses assassinatos podem ser puramente criminosos, mas a maioria é vista como resultado do trabalho de esquadrões da morte, temidos por Washington pelo potencial perigo de darem início à uma guerra civil no país. Representantes dos EUA temem que a violência piore com o início do mês sagrado do Ramadã, na próxima semana.

Os Estados Unidos passaram a dar mais ênfase à capital iraquiana nos últimos meses, após concluir que a violência sectária era uma ameaça maior do que a revolta sunita árabe e a violência da Al Qaeda que combateu principalmente no Oeste e no Norte do país.

Desde que um líder da Al Qaeda no Iraque pediu há 10 dias para que os sunitas "matem ao menos um americano", houve um aumento nos ataques contra as forças norte-americanas. O pior incidente nos últimos dias foi um ataque suicida na quinta-feira, que matou três soldados e feriou 30, próximo a Bagdá.

Para combater a crescente violência, o governo anunciou um plano esta semana para canalizar todo o tráfego para 28 postos de controle na fronteira, equipados com cães farejadores para impedir a entrada de carros-bomba. As forças iraquianas estão fechando algumas estradas menores e construindo barreiras de terra, chamadas bermas, para impedir que os militantes evitem os postos de controle.

O presidente norte-americano, George W. Bush, mencionou na sexta-feira à construção de bermas ao redor de Bagdá, uma tática utilizada em pequenas cidades como Falluja e Samarra. Mas dar segurança a uma vasta cidade de sete milhões de pessoas é uma tarefa em escala totalmente diferente.

O porta-voz do ministério do Interior, brigadeiro Abdul-Karim Khalaf, chegou a comentar a possibilidade de cavar trincheiras ao redor de toda a circunferência de Bagdá, mas ele apontou essa sugestão no sábado como apenas "uma idéia entre muitas outras".

A maior parte das novas barreiras serão bermas e não trincheiras, dizem representantes dos EUA, e o cordão de isolamento contará principalmente com aspectos já existentes, como canais de irrigação que cortam as terras cultivadas, para evitar acesso não-autorizado à cidade.

"Há uma série de obstáculos que o governo iraquiano está planejando, e estamos trabalho com eles para garantir a movimentação pelos postos, e evitar que terroristas, extremistas e criminosos utilizem (outras) rotas", disse o porta-voz do exército norte-americano, tenente-coronel Barry Johnson.





Fonte: Reuters

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