Começa a sessão final da 14ª Cúpula dos Não-Alinhados

Governantes e representantes de 118 países em desenvolvimento começaram hoje em Havana a segunda e última sessão da 14ª Cúpula do Movimento dos Não-Alinhados (Noal), da qual sairá uma declaração cujo principal objetivo é conseguir um mundo mais justo e em paz.

A jornada de hoje, presidida pelo presidente interino de Cuba, Raúl Castro, conta com uma longa lista de oradores, muito superior à de sexta-feira.

O primeiro tema tratado hoje foi a proposta para que o Egito seja sede da 15ª Cúpula do Noal em 2009, o que foi aprovado por aclamação pelos 118 países que estão representados em Havana.

Entre os oradores de hoje figuram vários presidentes latino-americanos, como o boliviano Evo Morales, o equatoriano Alfredo Palacio, o dominicano Leonel Fernández e o panamenho Martín Torrijos, além do vice-presidente da Guatemala, Eduardo Stein.

Também discursarão ministros e altos funcionários do Chile, de Honduras e do Peru, além do chanceler do Brasil, Celso Amorim, país observador no Noal.

Entre os discursos mais esperados pelos jornalistas que cobrem a cúpula estão os dos representantes da Coréia do Norte, do Líbano, do Iraque, do Afeganistão, da Autoridade Nacional da Palestina, da Liga Árabe e da União Africana.

Os 55 governantes e as delegações oficiais presentes assinarão as declarações finais e às 21h (22h em Brasília) a reunião será encerrada.

Na declaração final serão rejeitadas, entre outras questões, as agressões de Israel ao Líbano e aos territórios palestinos.

Os líderes defenderão a paz mundial, o direito a usar pacificamente a energia nuclear e condenarão qualquer manifestação de "unilateralismo, a doutrina do ataque preventivo, incluindo armas nucleares, ações militares e o uso da força, assim como a qualificação de países bons e maus".

Durante o dia de hoje, os líderes presentes na cúpula aproveitarão para manter encontros bilaterais antes de deixar Havana.