Milho vira alvo de pragas migratórias
Um fenômeno pouco comum preocupa produtores de milho da região, principalmente de municípios banhados pelo reservatório de Itaipu. Depois da soja, pragas migratórias agora atacam a cultura do milho, que está em adiantada fase de colheita na maioria das áreas cultivadas em propriedades do Oeste. O alerta é principalmente à lagarta da maçã, que no início do ano foi encontrada em lavouras de soja. Ela é proveniente de plantações de algodão no interior do Mato Grosso do Sul.
Caso o controle, na confirmação da lagarta da maçã, não for feito adequadamente, os prejuízos podem ser significativos. A incidência dessa praga por enquanto não é grande, diferente do que se percebe com o percevejo. A orientação, de acordo com o técnico agrícola da Lar em Santa Helena, Osmar Luiz Ben, é de o lavrador ficar atento e, caso confirme a presença das pragas migratórias, empregar defensivos segundo recomendação técnica. Um dos agravantes é que as chuvas reduziram o efeito do tratamento nas sementes, o que torna as plantas mais expostas ao ataque.
A ação da lagarta e do percevejo pode comprometer a produtividade final na área e ainda facilitar o surgimento de invasoras, principalmente a buva e o capim amargoso, que são residentes ao glifosato. “Por isso, todo cuidado é pouco em um momento tão importante”, conforme Osmar. Técnicos que percebem o início do fenômeno das pragas migratórias temem que elas surjam ainda com mais força nos próximos cultivos e passem a exigir mais investimentos em prevenção e controle.
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