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Internacional
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 07:05

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Intelectuais e profissionais indianos, liderados pelo escritor Vikram Seth, se uniram para lutar contra a discriminação dos homossexuais e derrubar a lei que prevê penas de prisão para eles, informa hoje o jornal indiano "Hindustan Times".

Dezenas de intelectuais indianos se uniram para assinar uma carta redigida por Seth. Eles solicitam às autoridades a anulação da seção 377 do Código Penal, que considera as relações homossexuais uma "ofensa criminal".

O economista Amartya Sen, apesar não ser signatário da carta, emitiu seu próprio comunicado apoiando o movimento.

As adesões incluem o diretor de cinema Shyam Benegal, o ativista social Swami Agnivesh, o ex-procurador-geral Soli Sorabjee, o ex-secretário-geral adjunto das Nações Unidas Nitin Desai, o capitão Lakshmi Sahgal, conhecido como "lutador pela independência" e o representante da agência da ONU para a luta contra a aids Sidharth Dube.

"Esta carta não é só sobre a questão legal, mas também chama a atenção para a aceitação social das pessoas qualquer que seja a sua orientação sexual", diz Gautam Bhan, membro da associação Vozes Contra a Seção 377, que luta pelos direitos dos homossexuais.

O artigo pune tudo o que descreve como "sexo não natural", um confuso conceito que para a jurisprudência indiana incluiu sexo homossexual e outras práticas, como o sexo oral.

Em fevereiro, a Corte Suprema da Índia pediu ao Tribunal Superior de Délhi que declare "inconstitucional" a seção 377. Em 2004, a corte rejeitou o pedido da ONG Fundação Naz de anular a norma, que pune homossexuais com penas que podem chegar à prisão perpétua.

A ONG argumentou que a lei viola direitos constitucionais como a igualdade, a não discriminação e o direito à liberdade. Mas o Tribunal Superior afirmou que a Índia não estava preparada para a mudança e que a sociedade não se opunha à norma.

A procuradoria, por sua vez, argumentou que "o fato de que a sociedade indiana desaprove a homossexualidade justifica que ela seja tratada como um delito, mesmo que ocorra entre adultos e em particular".





Fonte: EFE

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