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Internacional
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 06:55

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Quatro das 250 crianças intoxicadas pela fundição de chumbo de uma usina demolida há poucos dias na província de Gansu, no noroeste da China, sofrerão seqüelas irreversíveis em seu desenvolvimento físico e mental, confirmaram fontes médicas ao jornal de Hong Kong "South China Morning Post".

Os quatro menores, entre eles um bebê de 14 meses, têm índices de até 450 miligramas de chumbo por litro no sangue. O nível máximo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 100 miligramas.

Segundo um pediatra do hospital onde três deles estão internados, em Xian, capital da província de Shaanxi, estes níveis aumentam a probabilidade de um "retardamento mental" e afetarão também seu desenvolvimento físico.

Na semana passada, a imprensa local informou que centenas de moradores das localidades de Xinsi e Mouba mostravam níveis de chumbo superiores ao normal devido à poluição do ar e da água.

As autoridades inicialmente minimizaram as conseqüências, mas depois confirmaram que pelo menos 877 pessoas estavam intoxicadas e derrubaram a fundição.

Três das quatro crianças em estado grave não podem receber tratamento porque são muito pequenas ou sofrem outras doenças, como um bebê de um ano e meio, com problemas coronários.

Zhou Hao, de cinco anos, está em casa, sem receber tratamento.

Segundo seu pai, "os médicos disseram que não podiam tirar o chumbo do seu corpo sem esvaziá-lo de nutrientes e ele é muito pequeno".

"Disseram que o chumbo afetará a inteligência do meu filho e também o fígado. Estamos muito preocupados mas não temos dinheiro.

Tudo o que podemos fazer é esperar", lamentou.





Fonte: EFE

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