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Internacional
Sexta - 15 de Setembro de 2006 às 23:00

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Os Estados Unidos denunciaram nesta sexta-feira a deterioração das liberdades religiosas em vários países em 2005 e 2006, em particular no Irã e no Uzbequistão e, embora tenham repreendido Israel, elogiaram os progressos alcançados no Vietnã, num informe sobre a liberdade de culto no mundo.

"A liberdade de culto está profundamente enraizada em nossos princípios e na história de nosso país", declarou a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, ao apresentar o informe anual.

"E agora é parte integrante de nossos esforços no combate ao terrorismo e à ideologia de ódio que o alimenta", acrescentou.

Entre o início de julho de 2005 e fins de junho de 2006, os ataques contra as liberdades religiosas se agravaram no Irã - pedra no sapato do governo americano -, indicou o Departamento de Estado neste documento que avalia a situação da liberdade de culto em 197 países e territórios.

O texto, que é publicado pelo oitavo ano consecutivo, destaca que houve uma "deterioração do extremamente escasso respeito à liberdade de culto" no Irã desde a eleição, em junho de 2005, de Mahmud Ahmadinejad como presidente.

O informe também menciona uma dúzia de outros países que "suscitam uma preocupação particular", mas destaca os esforços governamentais do Afeganistão, Índia e Paquistão.

Em Israel e nos territórios palestinos, assinala o texto, "a rigorosa e freqüentemente aplicada política de fechamento de fronteiras restringe a possibilidade de os palestinos se dirigem para lugares de culto e praticarem sua religião".

"A construção pelo governo israelense de um muro de separação também limitou o acesso a lugares sagrados e afetou gravemente o trabalho das organizações religiosas que desejam levar ajuda humanitária e serviços sociais aos palestinos", acrescentou o informe.

Por outro lado, o documento lembra os esforços do presidente moderado da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, para eliminar as provocações religiosas nos territórios palestinos, embora "continuem ocorrendo alguns incidentes deste tipo".

O texto destaca ainda os progressos na Arábia Saudita, no Sudão e sobretudo no Vietnã, acrescentou o informe, o que permite prever algumas modificações na "lista negra", integrada pelos países que violam a liberdade de culto e que os Estados Unidos devem publicar em breve.

O Vietnã poderia ser retirado desta lista negra, na qual figuram Mianmar, China, Eritréia, Irã, Coréia do Norte, Arábia Saudita e Sudão, segundo deu a entender numa entrevista coletiva o funcionário encarregado do tema no Departamento de Estado, John Hanford.

O Vietnã "deu a volta por cima", declarou Hanford, ao destacar os "extraordinários progressos" em matéria de liberdade de culto nesse país durante o ano passado.

No entanto, ele também destacou a deterioração da situação na Eritréia e sobretudo no Uzbequistão, o que leva a crer que este país da Ásia Central poderia figurar na próxima lista negra americana.





Fonte: AFP

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