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Escritor Luiz Carlos Ribeiro abre sua mala de histórias
Era uma vez... uma avó que adorava contar histórias. Sentada na beira do fogo, à luz da lua, desenhava reinos encantados, príncipes e princesas, donzelas raptadas por bruxos. Muitos anos se passaram e eis que seu neto resolve recontar essas histórias e publicá-las em livro.
A avó se chamava Maximiana e o neto é o escritor, ator e diretor teatral Luiz Carlos Ribeiro, que apresenta sua primeira obra, "Mala de fugir", durante a Literamérica – Feira Sul-americana do Livro. A obra, editada pela Carlini & Caniato Editorial, reúne 17 saborosos contos, com cheiro de infância, compondo um universo povoado de lendas e personagens do universo indígena. A tarde de autógrafos será no sábado (16), às 17 horas, no stand da Única Editora.
O livro é uma das obras publicadas pela editora, cuja meta é apoiar os autores locais, divulgando seus trabalhos e fortalecendo a cadeia editorial mato-grossense.
A inspiração para o conto, que dá nome ao livro, veio da infância do próprio autor. Nessa época, tinha ele uma mala, na qual carregava 'quinquilharias' e a qual levava quando resolvia fugir de casa, sua "mala de fugir".
Hoje, sua mala está cheia de personagens míticos como Corça-Encantada, a Mãe-do-Morro e o Boitatá, levando para adultos e crianças o encantamento das histórias contadas ao pé da fogueira, sob os olhos atentos das crianças. Não faltam alusões a figuras lendárias da cultura indígena, como o tamoin, contador de histórias do povo Kamaiurá do Xingu, que no livro aparece na figura de uma sua tia Arminda, mestre na arte de entreter as crianças com 'causos'.
Mais à frente, nos deparamos com o Reino de Cuyaverá, onde habitam os descendentes dos povos Guató, Guaicuru, Coxiponé, Biripoconé, Bororo e Paiaguá. "Com esse livro, eu reconto as histórias que minha avó contava", observa o autor. E foi ao lado de dona Maximiana que, com cerca de oito anos, ele foi apresentado à sua primeira festa de santo. Momento inesquecível.
"Foi o meu primeiro alumbramento com a cultura popular da minha cidade", escreve ele na apresentação do livro. A partir de então, virou freqüentador assíduo das festas, adquirindo o hábito de bisbilhotar "as envolventes narrativas dos contadores de causos".
Tornou-se, aos poucos, um grande contador de histórias. Histórias que hoje vão saindo de sua mala também como denúncias de cunho político contra o desmatamento, a corrupção e outros males. "Não é a lenda pela lenda. É denúncia, principalmente ambiental. Também tem muita informação histórica."
Mudanças
Preservar o ofício dos contadores de histórias é uma das preocupações do autor. Ele observa que com o surgimento da televisão, os contadores de histórias foram morrendo. O desinteresse não partiu das crianças – que continuam a adorar histórias -, mas dos próprios adultos. "Sou de uma geração que não tinha televisão. Nosso passatempo era ouvir histórias", observa ele.
Na Literamérica, uma convidada especial, a atriz e também contadora de histórias Lúcia Palma, encarnará a Mãe-do-Morro em uma performance sobre um dos contos do livro.
A avó se chamava Maximiana e o neto é o escritor, ator e diretor teatral Luiz Carlos Ribeiro, que apresenta sua primeira obra, "Mala de fugir", durante a Literamérica – Feira Sul-americana do Livro. A obra, editada pela Carlini & Caniato Editorial, reúne 17 saborosos contos, com cheiro de infância, compondo um universo povoado de lendas e personagens do universo indígena. A tarde de autógrafos será no sábado (16), às 17 horas, no stand da Única Editora.
O livro é uma das obras publicadas pela editora, cuja meta é apoiar os autores locais, divulgando seus trabalhos e fortalecendo a cadeia editorial mato-grossense.
A inspiração para o conto, que dá nome ao livro, veio da infância do próprio autor. Nessa época, tinha ele uma mala, na qual carregava 'quinquilharias' e a qual levava quando resolvia fugir de casa, sua "mala de fugir".
Hoje, sua mala está cheia de personagens míticos como Corça-Encantada, a Mãe-do-Morro e o Boitatá, levando para adultos e crianças o encantamento das histórias contadas ao pé da fogueira, sob os olhos atentos das crianças. Não faltam alusões a figuras lendárias da cultura indígena, como o tamoin, contador de histórias do povo Kamaiurá do Xingu, que no livro aparece na figura de uma sua tia Arminda, mestre na arte de entreter as crianças com 'causos'.
Mais à frente, nos deparamos com o Reino de Cuyaverá, onde habitam os descendentes dos povos Guató, Guaicuru, Coxiponé, Biripoconé, Bororo e Paiaguá. "Com esse livro, eu reconto as histórias que minha avó contava", observa o autor. E foi ao lado de dona Maximiana que, com cerca de oito anos, ele foi apresentado à sua primeira festa de santo. Momento inesquecível.
"Foi o meu primeiro alumbramento com a cultura popular da minha cidade", escreve ele na apresentação do livro. A partir de então, virou freqüentador assíduo das festas, adquirindo o hábito de bisbilhotar "as envolventes narrativas dos contadores de causos".
Tornou-se, aos poucos, um grande contador de histórias. Histórias que hoje vão saindo de sua mala também como denúncias de cunho político contra o desmatamento, a corrupção e outros males. "Não é a lenda pela lenda. É denúncia, principalmente ambiental. Também tem muita informação histórica."
Mudanças
Preservar o ofício dos contadores de histórias é uma das preocupações do autor. Ele observa que com o surgimento da televisão, os contadores de histórias foram morrendo. O desinteresse não partiu das crianças – que continuam a adorar histórias -, mas dos próprios adultos. "Sou de uma geração que não tinha televisão. Nosso passatempo era ouvir histórias", observa ele.
Na Literamérica, uma convidada especial, a atriz e também contadora de histórias Lúcia Palma, encarnará a Mãe-do-Morro em uma performance sobre um dos contos do livro.
Fonte:
Da Assessoria
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/275650/visualizar/
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