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Política do Brasil para pobreza é exemplo, diz FMI
"É um bom exemplo na América Latina, embora não o único, de mudanças para melhor na maneira como se realizam gastos sociais. O Brasil deu passos importantes em tornar mais eficiente seu gasto social, e a redução da pobreza nos últimos anos tem avançado", disse De Rato.
O diretor-gerente do FMI fez as declarações em entrevista coletiva em Cingapura, poucos dias antes do encontro anual da instituição, nas próximas terça e quarta-feira. Mas os eventos paralelos já começaram desde ontem.
Rodrigo de Rato alertou, no entanto, que "há desafios para manter um alto nível de superávit primário e responder às necessidades sociais e de infra-estrutura".
Rigidez orçamentária
Superávit primário é quando o país consegue limitar seus gastos ao que é arrecadado, sem levar em conta o "rombo" causado pelas dívidas.
A alta demanda por gastos nas duas áreas citadas pelo diretor-gerente do FMI – social e de infra-estrutura – poderia representar uma tentação para governantes gastarem recursos além do que realmente dispõem.
Em vez disso, o FMI elogiou os esforços do Brasil em controlar os gastos e reduzir a dívida pública, medidas consideradas ortodoxas por críticos da atual política econômica.
Para Rodrigo de Rato, o gasto do governo poderia ser melhorado através de "normas orçamentárias mais flexíveis".
Com parte da arrecadação do governo tendo sua destinação previamente estipulada no orçamento, governantes dispõem de pouco espaço de manobra para gastar de acordo com o que considerem prioridade.
"Um dos maiores desafios da política orçamentária do Brasil é a rigidez. Acreditamos que o Brasil precisa de normas orçamentárias mais flexíveis. Esse é um elemento-chave para a modernização do marco orçamentário no Brasil", disse o diretor-gerente do FMI.
O vice-diretor do FMI, John Lipsky, acrescentou: "o contexto (para as mudanças) será positivo e benigno".
Perspectivas
ESTIMATIVAS DE CRESCIMENTO Brasil (2006): 3,6% Brasil (2007): 4,0% AL (2006): 4,3% AL (2007): 4,2% Mundo (2006): 5,1% Mundo (2007): 4,9%
O "contexto" mencionado por Lipsky é o de um relativo mas estável crescimento neste ano e no próximo.
Pelas previsões do FMI, o Brasil será o país latino-americano a crescer menos neste ano – 3,6%, contra cerca de 4,3% da média regional – mas o fará com inflação controlada e uma política mais relaxada de juros.
"Nossa esperança é que, nesse contexto relativamente benigno, as autoridades continuem a progredir" no aperfeiçoamento do gasto público, afirmou o número dois do FMI, John Lipsky.
O alerta do FMI ficou por conta da economia americana, que dá sinais de desaceleração e poderia arrastar consigo o resto do mundo.
O fundo prevê um crescimento mundial de 5,1% neste ano e de 4,9% em 2007.
Mas a maior economia do planeta deveria se expandir somente 2,9% em 2006 e 3,4% no ano que vem.
"Uma questão importante é como o mundo vai se adaptar a uma economia americana menos vibrante", afirmou o diretor-gerente do FMI, Rodrigo de Rato.
"Isto não significa que a desaceleração dos Estados Unidos será dramática, mas certamente estamos em um ambiente menos dinâmico", ele acrescentou.
"O que acontecerá daqui a um ano depende do que faremos daqui até lá."
O diretor-gerente do FMI fez as declarações em entrevista coletiva em Cingapura, poucos dias antes do encontro anual da instituição, nas próximas terça e quarta-feira. Mas os eventos paralelos já começaram desde ontem.
Rodrigo de Rato alertou, no entanto, que "há desafios para manter um alto nível de superávit primário e responder às necessidades sociais e de infra-estrutura".
Rigidez orçamentária
Superávit primário é quando o país consegue limitar seus gastos ao que é arrecadado, sem levar em conta o "rombo" causado pelas dívidas.
A alta demanda por gastos nas duas áreas citadas pelo diretor-gerente do FMI – social e de infra-estrutura – poderia representar uma tentação para governantes gastarem recursos além do que realmente dispõem.
Em vez disso, o FMI elogiou os esforços do Brasil em controlar os gastos e reduzir a dívida pública, medidas consideradas ortodoxas por críticos da atual política econômica.
Para Rodrigo de Rato, o gasto do governo poderia ser melhorado através de "normas orçamentárias mais flexíveis".
Com parte da arrecadação do governo tendo sua destinação previamente estipulada no orçamento, governantes dispõem de pouco espaço de manobra para gastar de acordo com o que considerem prioridade.
"Um dos maiores desafios da política orçamentária do Brasil é a rigidez. Acreditamos que o Brasil precisa de normas orçamentárias mais flexíveis. Esse é um elemento-chave para a modernização do marco orçamentário no Brasil", disse o diretor-gerente do FMI.
O vice-diretor do FMI, John Lipsky, acrescentou: "o contexto (para as mudanças) será positivo e benigno".
Perspectivas
ESTIMATIVAS DE CRESCIMENTO Brasil (2006): 3,6% Brasil (2007): 4,0% AL (2006): 4,3% AL (2007): 4,2% Mundo (2006): 5,1% Mundo (2007): 4,9%
O "contexto" mencionado por Lipsky é o de um relativo mas estável crescimento neste ano e no próximo.
Pelas previsões do FMI, o Brasil será o país latino-americano a crescer menos neste ano – 3,6%, contra cerca de 4,3% da média regional – mas o fará com inflação controlada e uma política mais relaxada de juros.
"Nossa esperança é que, nesse contexto relativamente benigno, as autoridades continuem a progredir" no aperfeiçoamento do gasto público, afirmou o número dois do FMI, John Lipsky.
O alerta do FMI ficou por conta da economia americana, que dá sinais de desaceleração e poderia arrastar consigo o resto do mundo.
O fundo prevê um crescimento mundial de 5,1% neste ano e de 4,9% em 2007.
Mas a maior economia do planeta deveria se expandir somente 2,9% em 2006 e 3,4% no ano que vem.
"Uma questão importante é como o mundo vai se adaptar a uma economia americana menos vibrante", afirmou o diretor-gerente do FMI, Rodrigo de Rato.
"Isto não significa que a desaceleração dos Estados Unidos será dramática, mas certamente estamos em um ambiente menos dinâmico", ele acrescentou.
"O que acontecerá daqui a um ano depende do que faremos daqui até lá."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/275701/visualizar/
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