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Nacional
Sexta - 15 de Setembro de 2006 às 09:40

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Milhões de ativistas do ambientalismo vão participar da campanha "Limpe o Mundo", no fim de semana, em protesto contra a poluição. Eles vão recolher o lixo de lugares como a Praia de Copacabana e as margens do rio Nilo, no Egito.

A campanha, criada na Austrália em 1993, afirma que já recolheu 3,6 milhões de toneladas de lixo desde seu surgimento. Essa quantidade, segundo os organizadores, seria suficiente para encher 5.710 piscinas olímpicas com dejetos como vidro, plástico, metal e bitucas de cigarro.

"Teremos 122 países envolvidos neste fim de semana", disse Ian Kiernan, presidente da campanha, que estima o número de participantes em 35 milhões de pessoas, ligadas a mais de 600 grupos no mundo todo.

"É um tipo diferente de protesto", disse ele à Reuters.

Segundo Kiernan, o fato de voluntários irem a escolas do Togo recolher o lixo ou retirarem detritos do mar Mediterrâneo é uma forma de pressionar os governos e as indústrias a proteger o meio ambiente.

Parte do lixo, como o metal e o papel, é reciclada depois de coletada. A campanha é realizada em parceria com o Programa de Meio-Ambiente da ONU (Unep).

"A (campanha) Limpe o Mundo mobiliza pessoas em torno de uma idéia poderosa - levar o desafio do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável a nossas portas, a nossos jardins e a todos os lugares do mundo", disse Achim Steiner, presidente da Unep.

Crianças, mergulhadores e outros voluntários vão limpar a praia de Copacabana, disseram os organizadores num comunicado. E ativistas de 14 países do Mediterrâneo pretendem limpar o mar.

Na Província de Shaoxing, na China, voluntários vão recolher lixo perto do delta do rio Yangtze. No Egito, grupos vão trabalhar para limpar o Nilo.

Kiernan, que é iatista, lançou uma campanha de limpeza no porto de Sydney em 1989, chocado com o nível de sujeira nos oceanos. Ele disse que Sydney hoje está "brilhando", mas que os "detritos marinhos são um problema enorme e que está piorando" em todo o mundo.

Ele acusou algumas empresas que operam cruzeiros de jogar lixo no mar. "Elas estão ganhando dinheiro com a beleza dos oceanos do mundo e acabando com eles. Queremos que as pessoas se envolvam e digam que esse comportamento não é aceitável".

Para ele, a poluição e o aquecimento global fazem parte de uma crise ambiental global.

"As ações da humanidade são a causa", disse ele. "Somos a única solução em potencial, tirando a extinção".





Fonte: Reuters

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