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Internacional
Sexta - 15 de Setembro de 2006 às 08:35

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O estado de saúde do presidente cubano, Fidel Castro, é o centro das atenções nesta sexta-feira na cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados (MPNA), na qual o Irã e outros países inimigos dos Estados Unidos tentam formar uma frente única.

Fidel, de 80 anos, está afastado do poder desde o final de julho por causa de uma cirurgia no intestino. Na sexta-feira, ele tem três oportunidades de aparecer em público: numa foto de grupo, na abertura da parte presidencial da cúpula de seis dias e num jantar.

A televisão estatal mostrou Fidel se levantando rapidamente para cumprimentar seu amigo Hugo Chávez, o presidente venezuelano, na quinta-feira. Chávez disse mais tarde que Fidel estava caminhando e cantando.

Mas a descrição vai parecer otimista demais se Fidel não aparecer publicamente, o que não acontece desde que ele transferiu o poder interinamente ao irmão Raúl.

O próprio Chávez minimizou a importância da presença de Fidel. "Mesmo que ele não esteja fisicamente entre nós hoje ou amanhã, isso não importa. Ele está comandando tudo isto", afirmou.

Para alguns, a cúpula pode parecer uma galeria de inimigos dos EUA -- com os líderes do Irã, da Coréia do Norte, do Zimbábue, da Venezuela e da Bolívia, todos presentes em uma ilha submetida desde 1962 a um rígido embargo norte-americano.

Mas Washington faz questão de frisar que na cúpula também estão alguns países que se aproximaram do governo norte-americano depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, como Paquistão, Índia, Filipinas e Indonésia.

Líderes do Iraque e do Afeganistão, países sob ocupação norte-americana, também devem participar do encontro.

"Temos muitos amigos representados neste encontro -- Indonésia e Índia entre eles", disse Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. "É uma reunião que tem suas origens em outra era [a Guerra Fria], e acho que realmente cabe aos participantes e aos países-membros verem o que estão fazendo desse encontro".

O documento final da cúpula ainda está sendo discutido, mas deve incluir duras críticas à recente guerra de Israel no Líbano. Um documento à parte deve defender o direito iraniano à energia nuclear.

O MPNA, criado durante a Guerra Fria por países que rejeitavam uma hegemonia mundial então dividida entre Estados Unidos e União Soviética, tem atualmente 116 nações.

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh e o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, devem se reunir no sábado em Havana, na esperança de aliviarem a tensão após um ano de recriminações por causa de atentados na Caxemira.

Os dois líderes se reuniram pela última vez há um ano na ONU, mas desta vez as expectativas para o encontro são modestas, por causa da pressão política que ambos enfrentam em seus países.





Fonte: 24HorasNews

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