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Quinta - 14 de Setembro de 2006 às 21:16

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Mobilizar e sensibilizar a sociedade, os jovens e as famílias em defesa das crianças que são inseridas precocemente no mercado de trabalho. Esse é o objetivo do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), desenvolvido pela Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social.

Na tarde desta quarta-feira (13.09), o coral Criança Esperança do Pólo Maringá II, se apresentou para a primeira-dama Terezinha Domingos e a equipe técnica da secretaria. “Eles são a prova viva de que o Peti funciona e de que podemos acabar com o trabalho infantil”, disse a secretária de Promoção, Cely Almeida, às 20 crianças que participaram da apresentação.

A organização ficou por conta do Centro de Educação Infanto-Juvenil Criança Esperança – “Bombeirinhos”, dirigida por Milton Severino da Silva. “Trabalhamos com cento e vinte e duas crianças de sete a quatorze anos de idade, com o mesmo objetivo do Peti: eliminar o trabalho infantil e garantir a permanência dessas crianças nas escolas”, informou.

Para a secretária de Promoção e Assistência Social, Celi Almeida, a ação é uma das armas utilizadas para se erradicar definitivamente o trabalho infantil no município. “O objetivo da criação de corais, times esportivos entre outros é fortalecer o programa Peti, além de prevenir e erradicar o trabalho nessa fase", afirmou.

Em Várzea Grande, 1.703 crianças são beneficiadas com bolsas que variam de R$ 25 a R$ 40 reais. “Além de receber a bolsa, são desenvolvidas junto às crianças suas habilidades e potencialidades, por meio de atividades esportivas, culturais, lúdicas de convivência e de reforço escolar”, explicou a coordenadora do programa em Várzea Grande, Cibele Alves da Silvai.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que pelo menos 5,5 milhões de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos são trabalhadores precoces, embora a Constituição Federal estabeleça que a idade mínima para trabalhar seja de 16 anos. “Isso representa quase treze por cento da população nessa faixa de idade e quase a metade não recebe remuneração pelo seu trabalho”, alertou a pedagoga.

Para a secretária é preciso dar oportunidade de trabalho ao jovem, mas de maneira responsável e digna, sem exploração. “Além de poder ajudar a família financeiramente, um trabalho dentro da legislação trabalhista pode ajudar a mudar o caráter de uma pessoa. Também não podemos esquecer que esses jovens e crianças não podem de forma alguma deixar de estudar. Um programa como o Peti trabalha nesse sentido que é de valorizar não só o ser humano, mas também sua cultura", assinalou.

BOLSAS MENSAIS – A bolsa Peti é paga mensalmente às famílias de crianças e jovens. O pagamento só é feito se as crianças estiverem freqüentando regularmente a escola, as ações sócioeducativas e de convivência. As ações são desenvolvidas durante os 12 meses do ano, por organizações não-governamentais em parceria com a Prefeitura de Várzea Grande, governos do Estado e Federal.

A Prefeitura fornece alimentação, os professores e realiza a fiscalização com visitas de assistentes sociais às famílias beneficiadas. Já os governos Estadual e Federal fazem os repasses de recursos às famílias e orientação à administração municipal.





Fonte: 24HorasNews

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