Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quinta - 14 de Setembro de 2006 às 04:55

    Imprimir


O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Mark Regev, comunicou hoje à Efe sua satisfação com o relatório da Anistia Internacional (AI), que acusa a milícia do Hisbolá de "violar as leis da guerra".

"Está claro que, durante a guerra, o Hisbolá seguiu uma clara estratégia, a de disparar intencionalmente contra localidades de Israel para matar civis inocentes", afirmou Regev.

Um relatório anterior havia analisado o comportamento das Forças Armadas de Israel no Líbano. Elas também foram acusadas de atacar a população civil do país durante a ofensiva contra os milicianos fundamentalistas do Hisbolá após a captura de dois soldados de uma patrulha israelense.

"Os ataques do Hisbolá foram dirigidos especificamente à população civil", disse Regev. Por enquanto, a imprensa não registrou reações do Governo do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, nem das Forças Armadas.

O diretor da AI em Tel Aviv, Amnón Yarden, apresentará hoje o relatório a Yona Yahav, prefeito de Haifa, cidade que foi uma das mais castigadas pelos foguetes Katyusha e pelos mísseis terra-terra al-Fajer disparados pelo Hisbolá.

"A escala dos ataques do Hisbolá contra cidades israelenses, o caráter indiscriminado das armas utilizadas e a declarações dos dirigentes do grupo confirmando sua intenção de atacar civis deixam perfeitamente clara a violação das leis da guerra", diz o relatório.

"O fato de que Israel também tenha cometido sérias violações não justifica as do Hisbolá. Os civis não devem pagar o preço da conduta ilegal de nenhuma das partes", acrescenta.

Durante a guerra, que começou com a captura de dois soldados de uma patrulha de Israel por comandos do Hisbolá, em 12 de julho, e que se estendeu até 14 de agosto, os ataques da milícia mataram 43 civis, entre eles sete crianças.

O Hisbolá disparou 3.970 foguetes contra localidades israelenses.

Centenas de milhares de pessoas estiveram ao alcance dos foguetes dos guerrilheiros libaneses durante a guerra, que terminou com um cessar-fogo decretado pela ONU.

O relatório da Anistia sobre a atuação de Israel no Líbano havia sido considerado "desequilibrado" nos meios políticos e militares israelenses. Eles criticaram a organização por "não esperar para revelar de forma simultânea os resultados das duas investigações".





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/276003/visualizar/