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Educação/Vestibular
Quarta - 13 de Setembro de 2006 às 14:19

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O III Educaids – Centro Oeste, evento que tem como objetivo sensibilizar os profissionais da área da Saúde e Educação para as ações de promoção e prevenção aos principais agravos que acometem a saúde dos adolescentes, termina nesta quarta-feira, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. O III Educaids é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde (MS), as Secretarias de Estado de Educação e Saúde (Ses), as Secretarias Municipais de Saúde e Educação de Cuiabá e Várzea Grande e a Associação de Prevenção e Tratamento da Aids.

A presidente da Associação para Prevenção e Tratamento da Aids (APTA), Teresinha Pinto, disse que o foco do Educaids desse ano está sendo as ações preventivas no enfrentamento da doença, mas ligadas ao universo escolar. “Um levantamento do Ministério da Educação (MEC), realizado entre o final de 2003 e início de 2004, mostra que 74% das secretarias municipais de educação de todo país têm alguma atividade na área preventiva do combate à Aids”, relatou a presidente.

Segundo Teresinha Pinto as pesquisas mostraram, também, um avanço na concientização dos jovens adolescentes em relação à prevenção. “Sabe-se que 40% dos adolescentes usam preservativos na primeira relação sexual. Há 10 anos, este percentual era de apenas 10%”, disse.

A representante da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), professora e psicóloga Wilce Fátima Calazans Birck, foi uma das palestrantes desta última terça-feira no Educaids. Ela abordou o tema “Identidade e Sexualidade”, por meio do qual falou sobre tabus e mitos que ainda hoje é enfrentado pelos adolescentes em relação as mudanças do corpo.

“Em pleno século 21”, diz Wilce Birck, “muitos jovens e adolescentes não conseguem falar sobre a sua sexualidade ou transformação do corpo que não deixa de ser acompanhada de dor, angústia e ansiedade. Por isso, ele precisa de alguém com quem conversar, precisa de parceiros para ser capaz de construir sua autonomia, construir uma identidade que o promoverá em sua trajetória de um adulto equilibrado e sem medo da sua própria sexualidade”, comentou.

Wilce Birck lembrou ainda que a educação sexual vai muito além de uma simples informação sobre aspectos biológicos da sexualidade. Envolve a discussão dos aspectos psicológicos e sociais. Os pais, professores e os próprios adolescentes devem de trabalhar em conjunto para formar futuros cidadãos e cidadãs.

Já a ginecologista e obstetra do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), Zuleide Félix Cabral, lembrou que ainda hoje algumas meninas deixam de usar um anticoncepcional por acreditarem que vai mudar o seu corpo, que podem ficar estéril ou até mesmo por não mantém relações sexuais freqüentes. “Há também outras barreiras como fato dos meninos e meninas terem medo e vergonha de comprar ou deixar o preservativo na bolsa”, comentou.

Por isso, Zuleide Cabral destaca a importância do funcionamento de serviços para ajudar e estimular o acesso a um método anticoncepcional. O Hospital Universitário conta com um ambulatório referência que presta assistência em nível primário e terciário para adolescentes sobre questões ligadas à saúde sexual e reprodutiva.

O Educaids finaliza suaa atividades na tarde do dia 13/09, cujo os temas a serem abordados são: Sexualidade na Adoolescencia e apresentação de trabalhos. O tema que fecha o evento é Prevenção às Drogas, onde participam especialistas na área.




Fonte: 24HorasNews

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