Blair: Países da Otan devem atender aos pedidos do Afeganistão
Em declarações à imprensa em sua residência de Downing Street, Blair disse que é de "fundamental importância" a presença no Afeganistão para a segurança de seu país, mas insistiu em que "é importante que toda a Otan considere isso sua responsabilidade".
"O compromisso britânico no Afeganistão é importante. (As tropas) estão causando dano real aos talibãs e à Al Qaeda", acrescentou.
"Não deveríamos nos esquecer de que a razão pela qual nossas tropas estão no Afeganistão, junto com outras nações da Otan, é porque do Afeganistão veio o terrorismo do 11 de setembro (de 2001)", disse o primeiro-ministro britânico.
Blair acrescentou que as forças britânicas "lutam em circunstâncias difíceis".
Antes, um porta-voz oficial disse que Londres apóia o pedido da Otan sobre o envio de mais forças ao Afeganistão, mas considera que o Reino Unido já fez sua contribuição.
"Apoiamos o secretário-geral da Otan (Jaap de Hoop Scheffer). Se a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) precisa de tropas, então deveria tê-las", acrescentou o porta-voz.
Em declarações na terça-feira à "BBC", o secretário-geral da Otan não quis falar de números, mas disse que são necessárias mais forças, porque a resistência dos talibãs é maior que a esperada.
Desde meados do ano, a Isaf - sob comando da Otan - controla a segurança em 85% do território afegão, e sua missão é estender a autoridade do Governo e criar um clima favorável à reconstrução do país.
O Reino Unido, que assumiu em maio passado o comando da Isaf, tem cerca de 4.000 soldados no sul afegão, onde a situação de segurança piorou nos últimos meses.
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