Petróleo sobe à espera da divulgação de estoques nos EUA
Às 10h06 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em outubro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 64,06, ligeira alta de 0,47%.
A expectativa dos analistas é de que as reservas americanas de petróleo tenham recuado em 1,5 milhão de barris, enquanto as de destilados (que incluem combustível para calefação doméstica e óleo diesel) devem ter registrado ganho de 1,6 milhão de barris.
O petróleo fechou ontem no patamar de US$ 63 após a divulgação de uma redução nas previsões da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) para o crescimento da demanda pela commodity neste ano e no próximo, devido a uma desaceleração nas economias da Europa e em partes da Ásia.
O petróleo já recuou cerca de US$ 15 em relação ao recorde atingido no dia 14 de julho (dois dias após o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah), US$ 78,40.
Também causa preocupação no mercado petrolífero a perda de cerca de 800 mil barris por dia na Nigéria, devido à ação de grupos armados contra as instalações petrolíferas do país. Os investidores aguardam ainda o resultado de uma reunião da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em Viena, sobre o caso do programa nuclear do Irã. Opep Nesta segunda-feira (11), os ministros dos países-membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiram manter em 28 milhões de barris diários sua cota oficial de produção. A decisão despertou críticas da parte de alguns dos países-membros do cartel, como no caso do presidente da Opep e ministro do Petróleo da Nigéria, Edmund Daukoru: "Estou muito preocupado com a queda nos preços [do petróleo]. Não sabemos quanto tempo mais podemos tolerar, e temos que rever isso em profundidade." O ministro do Petróleo da Venezuela, Rafael Ramirez, também não quer que o preço do produto "desabe". "Não podemos permitir que o preço desabe. Acreditamos que não deve baixar para menos de US$ 60." A avaliação dos dois ministros é que o mercado está saturado e é preciso retirar petróleo do mercado para que o nível de preço se mantenha --sob a alegação de que a economia mundial não está se ressentindo do petróleo a US$ 70.
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