Suspeito de desfalque está preso
No depoimento de quase cinco horas para a delegada Valéria Pimenta Capobianco assume que desviava recursos, mas a pedido da empresa. Conforme ele em depoimento, a prática ocorria desde o final de 2004. O dinheiro sonegado, que segundo o acusado foi entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, era utilizado para fazer "caixa" para pagar funcionários e fornecedores.
Quanto aos bens particulares adquiridos, Capobianco alega que desconhecer o valor exato dos recursos que acabou se apropriando, mas estima que sejam R$ 800 mil. O auxiliar financeiro tinha total acesso às contas bancárias, cheques da empresa, fazendo movimentação dos recursos até mesmo via internet.
O advogado da empresa, Euclides Ribeiro da Silva Júnior, afirma que as alegações do acusado são absurdas e ingênuas. "Nenhum empresário iria falsificar o extrato bancário para sonegar tributo. A atividade é tributada na fonte", afirma. Quanto ao acesso às contas da empresa, o advogado informa que houve roubo de senha e abuso de confiança."Ele enganou a contabilidade".
Capobianco afirma que adquiriu bens com recursos próprios. O funcionário adquiriu 14 veículos dos quais parte colocou em nome de terceiros, um apartamento no Jardim das Américas no valor de R$ 600 mil e uma casa de R$ 500 mil no bairro Santa Rosa, além de sociedade numa joalheria.
Uma auditoria contábil levantou os bens comprados pelo acusado entre 2005/2006 e verifica o patrimônio comprado pelo funcionário de 28 anos, desde que começou a trabalhar na empresa, há 14 anos.
Após ser ouvido na delegacia o acusado foi encaminhado para a Gerência de Investigações Especiais (Grisie) onde cumprirá a prisão preventiva enquanto aguarda a conclusão do inquérito. O que deve ocorrer em até 10 dias. A prisão de Sillas Capobianco foi solicitada na semana passada pela empresa quando foi descoberto que ele estava vendendo parte dos bens para não ser incriminado, segundo o advogado da incorporadora.
Comentários