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Terça - 12 de Setembro de 2006 às 12:04
Por: Orlando Morais

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Os recursos arrecadados nas praças de pedágio das rodovias estaduais de Mato Grosso não serão usados para ressarcir os investimentos feitos por produtores rurais ou pelo governo, e sim para a manutenção específica de cada rodovia. A informação foi repassada ontem (11.09), em Rondonópolis, pelo governador Blairo Maggi, durante palestra organizada pela Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC).

Segundo Maggi, os produtores rurais que ajudaram a pagar o asfaltamento das rodovias, dentro do programa de Consórcios Rodoviários, ganharão passe livre nas praças de pedágio até alcançar o valor proporcional à sua contribuição. Apenas os que não colaboraram vão pagar o pedágio. Mas isso exclui os carros de passeio, que estarão isentos.Todo o recurso será administrado pelas respectivas associações de beneficiários das rodovias, que estarão incumbidas de fazer a manutenção constante das estradas.

A primeira praça de pedágio em uma rodovia de Mato Grosso foi instalada na MT-242, que liga os municípios de Sorriso (420km ao Norte de Cuiabá) a Ipiranga do Norte (450km ao Norte de Cuiabá). Por enquanto, a praça de pedágio está funcionando em caráter educativo e a partir do mês de outubro começará a cobrar pela passagem.

Falando especificamente aos transportadores de cargas, Blairo Maggi avisou que os fiscais do Governo do Estado não vão permitir a passagem de veículos com excesso de carga. Inúmeras balanças serão instaladas em todo o Estado para evitar abusos, medida considerada correta pelo presidente da ATC, Dirceu Capeleto, para quem a economia que se tem por levar uma carga maior não paga os prejuízos de se trafegar em uma estrada esburacada. Caminhões com excesso de carga são considerados os inimigos número um de uma rodovia bem conservada.

Durante sua palestra, Blairo Maggi falou também sobre o atual cenário sócio-econômico do Estado de Mato Grosso e como a crise do agronegócio afeta a arrecadação estadual, sobre as novas empresas que deverão instalar-se no Estado, a previsão da chegada da ferrovia a Rondonópolis, a utilização de biocombustíveis e outros assuntos.

A economia de Mato Grosso, disse o governador, ainda deverá enfrentar pelo menos dois anos de dificuldades por conta da crise do agronegócio. Este ano, a área plantada de grãos deve ser de 18% a 20% menor, o que corresponde a cerca de um milhão de hectares.

De acordo com Dirceu Capeleto, as empresas do setor de cargas estão apreensivas com o atual cenário, mas têm esperanças em um futuro melhor. Ele mencionou como positivas e alentadoras as recentes medidas tomadas pelo Governo do Estado, de reduzir o IPVA de caminhões (o imposto diminuiu de 1,5% para 1% sobre o valor do veículo) e de reduzir o ICMS sobre o óleo diesel em caso de aumento dos combustíveis.





Fonte: Da Assessoria

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