Militar israelense compara ataque aéreo em Beirute a Guernica
Gordon, um destacado estrategista em combates aéreos, fez tais considerações no 5º Congresso Internacional sobre Terrorismo que ocorre em Israel, segundo a edição de hoje do jornal "Maariv".
"Não posso aceitar que a Força Aérea israelense bombardeie todo um bairro até seus alicerces", disse o militar em alusão aos ataques da Força Aérea durante o confronto contra a milícia xiita libanesa Hisbolá, cujo líder e principais chefes, segundo as autoridades militares, escondiam-se nessa área de Beirute.
"Não tenho em meu poder a informação com que a Força Aérea conta, mas, em princípio, não se pode admitir a destruição de todo um bairro", disse Gordon aos participantes.
Ao concluir sua apresentação, na cidade de Herzliya, o militar projetou uma imagem do célebre mural de Pablo Picasso sobre o bombardeio alemão de Guernica, em abril de 1937, que causou a morte de 1.600 pessoas e deixou a área em ruínas.
O diretor do Instituto da Política Antiterrorista, Shabtai Shavit, ex-chefe dos Serviços Secretos (Mossad), respondeu a Gordon dizendo: "Nós não atacamos o bairro de Dahieh, mas a chefia do Hisbolá, cujos dirigentes escolheram estabelecê-la no coração de Beirute, em meio à população civil". Gordon é conhecido em Israel por suas críticas às Forças Armadas.
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