Relatório aponta "coligação" entre PCC e CV
A informação foi levantada pela Secretaria da Segurança Pública do Rio e repassada à CPI do Tráfico de Armas na semana passada por meio de um relatório. De acordo com o documento, porém, não há "vínculos subordinativos" entre as duas facções nem compromisso de abastecimento de drogas e armas.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, as duas facções usam a mesma rota para transportar armas e drogas do Paraguai, passando por Mato Grosso do Sul ou pelo Paraná. A rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo e Rio, é a mais utilizada pelos criminosos. "São Paulo é de importância fundamental para os traficantes do Rio de Janeiro, por causa da localização", diz o texto.
Sul Fluminense A importância de dominar o Sul fluminense, para o PCC, diz respeito à proximidade da divisa com São Paulo. Nos últimos dois anos, dois gerentes do tráfico nos municípios de Volta Redonda (RJ) e Barra Mansa (RJ) foram presos em Taubaté. Em Volta Redonda, a polícia encontrou, em abril deste ano, uma cópia do estatuto do PCC com o ex-detento Adeir Marcelo Júnior, o Carioca ou Deizinho, que cumpriu pena em São Paulo, onde teria sido "batizado".
O documento diz que "a importância da região sul fluminense na aproximação CV-PCC se fez mais nítida em 19 de março passado, quando Reinaldo Teixeira dos Santos (Funchal) foi preso em Angra dos Reis". Funchal, do PCC, é suspeito do assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente Antônio Machado José Dias, em março de 2003. A polícia apontou o líder máximo do PCC, Marcos Camacho, Marcola, como mandante e a CPI investiga a participação da advogada Ariane dos Anjos no crime. Ela nega qualquer envolvimento.
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