Israel estabelece condições para reconhecer Governo palestino
Livni declarou à imprensa local que "a comunidade internacional tem neste momento uma função importantíssima: exigir que essas exigências sejam cumpridas".
A responsável pela diplomacia israelense reivindicou que o Hamas desarme a sua milícia, reconheça a legitimidade do Estado israelense fundado em 1948, e respeite todos os acordos assinados pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) com Israel desde 1993.
"Este não é só um problema israelense, é também para os palestinos, pois se não aceitarem as condições ficaremos num conflito sangrento", acrescentou.
Livni opinou que "quando há líderes fracos o papel da comunidade internacional é manter suas exigências, e assim dar a eles a força necessária para mudar a sociedade palestina".
"A pergunta central é se o anunciado Governo palestino de união nacional traz consigo uma mudança autêntica", de acordo com as exigências da comunidade internacional, compartilhadas por Israel "ou se é apenas uma compra a baixo preço de um bilhete para entrar nas Nações Unidas", afirmou.
Segundo o acordo de ontem entre o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, do Movimento Islâmico Hamas, o novo Governo de unidade terá que ser formado dentro de 36 horas.
O novo Governo substituirá o de Haniyeh, que rejeitou as condições do Quarteto de Madri (Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU). Por isso, ficou isolado dos principais doadores da ANP.
O ministro de Turismo de Israel, Isaac Herzog, do Partido Trabalhista, declarou hoje à rádio pública que é preciso "esperar para ver o que as partes decidem, e não fechar as portas. Mas o fato de que o Hamas não reconhece o Estado de Israel é um problema muito sério".
Para Israel, "a solução da questão palestina é muito importante, vital. Devemos criar uma nova realidade para negociar, não dizer que tudo é impossível", concluiu Herzog.
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