Morales denuncia "conspiração" para derrubá-lo
Em declarações a correspondentes estrangeiros, Morales disse que "seguramente" algumas empresas petroleiras estrangeiras financiaram manifestações contra a nacionalização dos hidrocarbonetos, que é parte das reformas colocadas em marcha pelo governo boliviano em seus oito meses no poder.
O presidente acrescentou que fazem parte do complô não só setores da oposição direitista, mas também dirigentes cívicos e governadores oposicionistas de seis departamentos, sendo que em quatro deles houve greves contra o governo Morales.
"Seis prefeitos se reuniram para conspirar contra o processo de mudança (...) disseram que este índio vai ficar por muito tempo, e antes que ele se consolide, tem que ser tirado (do poder)", contou Morales, primeiro indígena a governar o país e cuja principal promessa é "refundar" a Bolívia.
Ele acrescentou que, à decisão da oposição, tomada no início de julho, seguiram-se "da noite para o dia" conflitos como uma greve de motoristas, uma censura do Congresso ao ministro de Hidrocarbonetos, uma greve cívica por reivindicações regionais e a greve nos quatro departamentos, que ele classificou de "protesto patronal".
"Os grupos que privatizaram e leiloaram o país quiseram voltar, mas acredito no poder do povo", disse.
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