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Internacional
Segunda - 11 de Setembro de 2006 às 18:49

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A atitude da União Européia (UE) em relação ao futuro Governo palestino de união nacional dependerá de seu "conteúdo" e de sua disposição em se "movimentar", indicou hoje a comissária de Relações Exteriores européia, Benita Ferrero-Waldner, ao lembrar os princípios fixados pela comunidade internacional.

"Se houvesse um movimento, eventualmente poderíamos ter uma mudança de política. Mas primeiro é preciso observar" a situação, assinalou Ferrero-Waldner, ao responder sobre a possível retomada da ajuda européia ao Governo palestino após reunião com a ministra-delegada de Assuntos Europeus da França, Catherine Colonna.

A ajuda da UE ao Governo palestino foi suspensa por causa da chegada do Hamas ao poder. Sua retomada está condicionada ao reconhecimento do direito de Israel de existir, aos acordos de paz anteriores e à renúncia à violência.

"Não pudemos trabalhar diretamente" com o Governo do Hamas porque ele "sequer" reconheceu o Estado de Israel ou os acordos assinados pelo Governo anterior, disse a comissária. Ela acrescentou que o êxito do processo de paz depende, "pelo menos", do reconhecimento da existência do interlocutor e da renúncia à violência.

Por sua vez, Colonna indicou que um novo Governo palestino seria "um elemento novo" que seria levado em conta, mas com base em "sua composição, seu programa, suas declarações e ações", e "em acordo com os parceiros europeus".

É "muito cedo" para se pronunciar, disse Colonna, depois de lembrar que "cada um" dos três princípios fixados pela comunidade internacional "se impõem". Por sua parte, o ministro de Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, disse que espera poder visitar "muito em breve" os territórios palestinos, porque o anúncio "desta equipe governamental de união nacional permitirá o contato com esse Governo".

Na emissora "France Info", Douste-Blazy acrescentou que apóia Abbas "para esse Governo de união nacional".

Ferrero-Waldner e a ministra-delegada francesa concordaram no que diz respeito à necessidade de retomar as negociações de uma solução para o conflito palestino-israelense.

No dia em que os atentados terroristas nos Estados Unidos completam cinco anos, as duas afirmaram que os conflitos não resolvidos são utilizados como "pretexto" para o terrorismo.





Fonte: EFE

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