Conselho Segurança pressiona Sudão a aceitar missão de paz da ONU
O CS se reuniu em sessão aberta para debater a situação atual desta região do noroeste do Sudão, onde uma nova onda de confrontos entre as forças governamentais e os grupos rebeldes agravaram ainda mais a situação humanitária.
Segundo a ONU, o total de deslocados neste momento chega a 1,9 milhão de pessoas. Outros três milhões de sudaneses vivem em áreas nas quais dependem da assistência internacional para obter alimentos, remédios e abrigo.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, participou da reunião e pediu "pragmatismo" ao Governo sudanês ao tratar da situação humanitária na região. Além disso, lembrou-o da responsabilidade que tem de proteger a população civil.
Annan se mostrou preocupado com a decisão do Governo sudanês de posicionar seu Exército no norte de Darfur, em clara violação ao acordo de paz de Abuja (Nigéria), assinado em maio entre Cartum e o Movimento de Libertação do Sudão (MLS).
O secretário-geral da ONU denunciou que a volta da violência torna impossível a distribuição da ajuda humanitária, e lamentou os constantes ataques contra veículos e trabalhadores de entidades de assistência.
Annan pediu ao Sudão que aceite a resolução 1.706 do CS e aos países que têm influência sobre Cartum que a exerçam para que seja possível enviar os capacetes azuis da ONU.
"A situação atual é insustentável. É hora de atuar", disse o diplomata.
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