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Internacional
Segunda - 11 de Setembro de 2006 às 17:35

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A Polícia britânica acusou hoje de crimes de terrorismo dois homens detidos em 1º de setembro em operações realizadas em Londres contra uma suposta rede de recrutamento de terroristas, informou a Scotland Yard (Polícia Metropolitana).

Os suspeitos são os irmãos Hassan Mutegombwa, de 20 anos, e Yassin Mutegombwa, de 22, residentes no bairro londrino de Upper Norwood.

Hassan foi acusado de tentar arrecadar fundos para organizações terroristas, crime previsto na Lei de Terrorismo de 2000.

Por sua vez, Yassin foi acusado de ter sido treinado em florestas próximas a Hampsire (sul da Inglaterra) para o uso de armas com "propósitos relacionados com a realização ou preparação de atos de terrorismo", um novo delito estabelecido pela Lei de Terrorismo de 2006.

Os dois acusados, que comparecerão nesta terça-feira a um tribunal de Londres, estão entre as 14 pessoas detidas em 1º de setembro em uma série de operações na capital, sob a suspeita que poderiam cometer, preparar ou instigar atos terroristas.

Os suspeitos, que têm entre 17 e 48 anos e são em sua maioria britânicos de origem paquistanesa, foram detidos depois de vários meses de investigação da brigada antiterrorista da Scotland Yard e do serviço de espionagem interior MI5.

A Polícia interroga atualmente dez suspeitos identificados pela operação policial. A Scotland Yard terá hoje de pedir permissão judicial para prolongar o tempo de detenção de três deles. Outros dois suspeitos já foram libertados sem acusações.

Entre os detidos que continuam sob custódia policial está Abu Abdullah, ex-porta-voz do clérigo radical Abu Hamza, preso no Reino Unido por apologia ao assassinato e ao ódio racial.

Segundo a nova legislação antiterrorista britânica, aprovada este ano, as forças de segurança dispõem de um prazo máximo de 28 dias, contados a partir do momento da detenção, para interrogar os suspeitos. Terminadas essas quatro semanas, é preciso pedir de tempos em tempos uma permissão judicial para continuar com o interrogatório.

Ao término desse período, as forças de segurança devem apresentar uma acusação formal ou liberar os detidos.

Durante as ações de 1º de setembro, os agentes prenderam suspeitos em residências e estabelecimentos comerciais de Londres, entre eles um restaurante chinês onde aconteceu a maior parte das detenções.

A Scotland Yard também prendeu pessoas em uma escola islâmica no condado de East Sussex (sul da Inglaterra).

As forças de segurança destacaram que as operações não têm relação com o suposto complô para derrubar aviões em pleno vôo entre o Reino Unido e Estados Unidos que a Polícia anunciou ter desarticulado em 10 agosto.

A operação também não está vinculada aos atentados de 7 de julho de 2005 contra a rede de transporte de Londres, que causaram 56 mortos - incluídos os quatro terroristas suicidas - e mais de 700 feridos.





Fonte: EFE

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