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Internacional
Segunda - 11 de Setembro de 2006 às 15:53

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O Movimento dos Países Não-Alinhados (NOAL), que nasceu em 1961 como alternativa à bipolaridade militar dos Estados Unidos e da União Soviética na Guerra Fria, afirma-se agora, nesta época de guerras quentes, contra a política econômica predominante e a ingerência num mundo unipolar.

Os 10 princípios do Movimento foram elaborados em abril de 1955, na Conferência de Bandung. Mas o movimento só seria efetivamente fundado seis anos depois, durante o primeiro encontro do grupo em Belgrado, Iugoslávia, em 1961.

Esses princípios são: respeito aos direitos humanos fundamentais e à Carta das Nações Unidas; soberania e integridade territorial; igualdade de todas as raças e de todas as nações, sejam grandes ou pequenas; não intervenção nos assuntos internos de outro país; respeito ao direito de cada nação de se defender; abstenção do uso de pactos de defesa coletiva para servir a interesses particulares; abstenção de todo país de exercer pressões sobre outro e de realizar atos ou ameaças de agressão.

O documento inclui ainda princípios como a solução pacífica de todos os conflitos internacionais, a promoção dos interesses mútuos e da cooperação e o respeito à justiça e às obrigações internacionais.

No entanto, depois da Cúpula da Indonésia em 1989, do esfacelamento da União Soviética e do fim do Pacto de Varsóvia, a principal razão de ser do Movimento desapareceu e muitos previam o seu fim.

A cúpula de Cartagena das Índias, Colômbia, em 1995, registrou a queda do Movimento.

A situação só começa a mudar a partir da presidência da África do Sul (1998-2003) e da Malásia (2003-2006), quando os não-alinhados começaram um processo revitalizador, que Cuba pretende continuar na XIV Cúpula e nos seus próximos três anos de mandato. "A partir dos esforços realizados primeiro pela África do Sul e depois pela Malásia, o Movimento conseguiu iniciar um processo de revitalização que nós agora devemos continuar e levar a uma expressão mais elevada. Esse é nosso objetivo para Cúpula e para os três anos de nossa presidência", disse o vice-chanceler Abelardo Moreno.

Cuba propõe um documento que estabelece as bases para transformar o NOAL num movimento com uma nova dinâmica nas Nações Unidas e em outros cenários internacionais.

"Estamos seguros de que o Movimento dos Não-Alinhados tem um importante papel a desempenhar no mundo contemporâneo", disse o chanceler Felipe Pérez Roque.





Fonte: AFP

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