Justiça prorroga prisões de acusados de crime ambiental
A operação
A Operação Daniel foi desencadeada pela Policia Federal (PF), no dia 5 de setembro com a colaboração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). No total, 250 policiais federais das Superintendências de Rondônia, Roraima, Amazonas, Acre, Mato Grosso e do Distrito Federal participaram da operação. O objetivo era desarticular uma quadrilha que agia na falsificação de documentos florestais e abertura de empresas fantasmas para exploração ilegal de madeira e sonegação de impostos. A operação se estendeu pelos estados de Rondônia e Mato Grosso.
De acordo com a PF, a quadrilha era integrada por empresários do ramo madeireiro, lobistas, contadores, advogados e alguns servidores do Ibama. Eles atuavam na região de Ji-Paraná, São Miguel, São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Cacoal, Pimenta Bueno e outros municípios do estado de Rondônia e contavam com o suporte criminoso de policiais rodoviários federais lotados na cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso. Os policiais garantiam o escoamento pelas rodovias federais do produto florestal retirado da floresta amazônica.
As investigações tiveram início em março de 2006, a partir de denúncias de um servidor do Ibama, que ao saber sobre as atividades criminosas da organização, levou ao conhecimento da Polícia Federal, cooperando com as investigações policiais.
Os acusados respondem pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, corrupção ativa, violação de sigilo funcional, concussão e crimes ambientais.
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