Entidade denuncia erros policiais em delitos contra palestinos
Um dos dados proporcionados por essa organização independente é de que mais de 90% dos processos abertos em Judéia e Samaria - a denominação oficial israelense para a Cisjordânia ocupada - foram arquivados antes de chegarem aos tribunais.
Para seu relatório, os pesquisadores israelenses analisaram 92 desses processos, que as autoridades policiais prometeram hoje "estudar minuciosamente".
As autoridades policiais israelenses, que operam entre a população civil desse território sob controle do Exército israelense, costumam alegar que, apesar dos camponeses acusarem os colonos de serem os autores de ataques, não é possível levantar provas suficientes para julgá-los.
Cerca de 80% das denúncias analisadas são por agressão física, acrescenta o relatório da "Iesh din". Esses processos foram arquivados sem que os autores fossem julgados.
A organização israelense indica que "a Polícia atua em uma situação difícil", entre outros motivos porque falta contingente no local.
O assessor jurídico da organização, Mijael Sparb, afirmou na manhã de hoje à rádio pública israelense que "os erros acontecem durante todo o acompanhamento policial".
"Quando acontecem delitos, os soldados não intervêm, não sabem, não querem informar-se e não defendem os civis (palestinos)", denunciou o assessor da "Iesh din".
A diretora da organização para a defesa dos direitos humanos dos mais de 250 mil colonos israelenses na Cisjordânia, Orit Strok, disse que o alto número de casos arquivados sem julgamento acontece porque são abertos processos "em atacado" por causa desses supostos ataques contra os palestinos.
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