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Nacional
Domingo - 10 de Setembro de 2006 às 19:17

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Aproximadamente 200 pessoas estiveram na manhã de domingo em ato que relembrou os cinco anos da morte do ex-prefeito de Campinas (SP), Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT. Ele foi assassinato na noite do dia 10 de setembro de 2001, quando se dirigia para sua residência, após pegar um terno adquirido em um shopping da cidade.

O evento contou com a participação de ex-colaboradores do ex-prefeito, da viúva Roseana Garcia e da filha Marina, hoje com 19 anos. Todos os participantes foram unânimes em cobrar uma posição dos governos federal e estadual sobre a investigação do ocorrido, pois ninguém aceita a tese de que Anderson de Paula Lima, o Andinho, teria sido o autor do disparo que matou o prefeito na Avenida Makenzie.

A viúva fez questão de deixar claro que esperava uma atitude mais energética e propositiva por parte do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente porque Toninho era militante histórico do PT e já tinha sido vice-prefeito quando o então petroleiro Jacó Bittar venceu as eleições de 1988.

"Como o Lula gosta de uma metáfora posso dizer que me sinto como se tivesse sido traída por alguém da própria família", afirmou Roseana, que realizou a cerimônia em um monumento erguido próximo ao local do crime.

No seu pronunciamento, com a voz embargada, a viúva confessou que considera que sua missão é até inglória. "É uma luta de Davi contra Golias. É uma luta do povo contra o crime organizado, que se instalou em todas as instituições do nosso País", disse.

O evento contou ainda com a participação do senador Eduardo Suplicy. Observador atento dos desdobramentos da CPI dos Bingos, Suplicy disse que espera ainda a apresentação de uma testemunha que teria presenciado uma conversa em um bingo da cidade que tinha a meta de tramar o assassinato do prefeito. Mesmo sem a apresentação formal da testemunha, Suplicy afirma que todos os dados do inquérito do caso estão sob o poder da Polícia Federal e do Ministério da Justiça.

Além dos pronunciamentos, os participantes do ato soltaram pipas para relembrar o ato feito pelo prefeito morto no dia de sua posse no dia 01 de janeiro de 2001. Para encerrar, uma caminhada foi feita até o local do crime e orações foram feitas em memória do prefeito e por pedido de Justiça.





Fonte: Terra

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