Brasil bate Cuba e está na final do Grand Prix
O Brasil jogou muito melhor em relação à partida de ontem contra o Japão, pela última rodada do grupo da fase final, em que cometeu muitos erros e deu mostras de falta de concentração. A Seleção não deu chances às rivais cubanas.
Agora, as meninas do Brasil esperam pela definição do adversário na final, que sai da disputa entre Itália e Rússia.
O Brasil começou muito bem a partida no ataque, sem dar chance às cubanas de fazer jogo duro. Ao fim da primeira parada técnica, a seleção de Zé Roberto Guimarães já estava à frente no placar.
Foi assim ao longo de toda a parcial, quando as brasileiras conseguiram manter uma média de quatro pontos de vantagem sobre as cubanas e mantiveram a tranqüilidade para fechar a parcial em 25 a 20.
No segundo set, o jogo começou como na primeira parcial: com bons ataques e aproveitando-se dos erros cubanos, a seleção conseguiu abrir vantagem no placar. Mais uma vez, os ataques de Sheilla garantiram muitos pontos para o Brasil.
A partida parecia a mesma do primeiro set: as brasileiras viravam bolas com facilidade, além de aproveitar muito bem os muitos erros de Cuba nos contra-ataques e na hora de definir. Ao fim da segunda parada técnica, a vantagem do Brasil era de cinco pontos.
Talvez tenha sido por isso que o técnico de Cuba, Felipe Calderón, chamou mais duramente suas jogadoras, exigindo atenção diante das bolas do Brasil. Mas a bronca pareceu não adiantar, pois a vantagem das brasileiras só aumentava em quadra - chegando a nove pontos nos momentos finais do set.
Com isso, bastou às brasileiras trocar pontos com as cubanas. Num belo bloqueio de Walewska, a seleção fechou o set em tranqüilos 25 a 15, abrindo 2 a 0 na partida.
A terceira parcial começou com Cuba na frente, num ataque de Sheilla que acabou bloqueado. As cubanas melhoraram, principalmente no bloqueio e no passe, e abriram três pontos de vantagem. O técnico Zé Roberto parou a partida e deu uma bronca nas jogadoras, mas a vantagem adversária dobrou e o Brasil parecia sem chances de reagir.
As cubanas ensaiaram algumas provocações no início da terceira parcial, mas não conseguiram afetar o jogo das brasileiras, que mesmo atrás no placar não prestaram atenção nas reações dos adversários.
Na parada técnica, mais bronca de Zé Roberto: pedindo principalmente às meninas para se ajudarem em quadra e não perderem o ânimo com a vantagem de 2 a 0 na partida. O técnico tentou mudar com as entradas de Carol Albuquerque, no lugar de Sheilla, e Renatinha, no de Fofão, e o passe brasileiro melhorou.
As alterações deram efeito, e o Brasil diminuiu a vantagem das cubanas para até três pontos. Após outra parada técnica, Cuba começou a errar demais novamente - com ataques para fora e erros na recepção - e as brasileiras aproveitaram para virar o placar.
Calderón parou novamente o jogo e foi à loucura com as bobagens feitas pelas jogadoras. O Brasil, que não tinha nada a ver com isso, foi abrindo mais vantagem no marcador com uma reação espetacular, mais pelos erros das adversárias que por bons lances das brasileiras.
A Seleção seguiu bem na partida, fazendo nove pontos seguidos. Uma arma das brasileiras foi o saque de Walewska, que fez estrago na recepção cubana. Outra parada e Zé Roberto se acalmou um pouco, elogiando a reação das jogadoras. Novamente, as brasileiras abriram vantagem de entre três e quatro pontos, com uma postura tranqüila.
Mais uma vez, as brasileiras mostraram uma excelente postura em quadra e não deram chance às cubanas de virar as bolas - com a líbero Arlene, um dos destaques da partida pelo Brasil, pegando todas as bolas. Num erro de saque cubano, a seleção fechou o set por 25 a 18 e a partida por 3 a 0, garantindo vaga na decisão.
As comandadas de Zé Roberto Guimarães entram em quadra amanhã, em busca do sexto título da competição.
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