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Internacional
Sábado - 09 de Setembro de 2006 às 10:15

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As forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão disseram, neste sábado, ter matado mais 40 integrantes da milícia do Talebã em uma operação no sul do país.

O confronto recente, que resultou nas 40 mortes e durou cerca de 24 horas, ocorreu no bairro de Panjwayi, na província de Kandahar, e elevou para cerca de 320 o número de supostos insurgentes mortos desde que a operação começou no dia 2 de setembro.

A operação Medusa tem como objetivo expulsar os insurgentes de suas bases na província de Kandahar.

A situação no Afeganistão tem se deteriorado e é tema de um encontro, que deve terminar neste sábado, entre representantes da Otan em Varsóvia, na Polônia.

No encontro, a Otan discute, entre outros assuntos, o envio de mais tropas para o país; generais que atuam no Afeganistão disseram, recentemente, precisar de mais 2,5 mil soldados.

Suicida

O confronto em Panjwayi começou após um suicida atacar um veículo americano na capital, Cabul, na sexta-feira, matando, pelo menos, 16 pessoas, incluindo dois soldados americanos.

Cerca de 30 pessoas ficaram feridas no ataque, que ocorreu perto da embaixada dos Estados Unidos na capital.

Um suposto porta-voz do Talebã disse a uma agência de notícias afegã que o grupo assumia a autoria do ataque, pouco comum devido às suas grandes proporções.

A segurança na capital foi reforçada neste sábado, dia em que afegãos se preparam para marcar o quinto aniversário do assassinato de Ahmad Shah Masood, líder da resistência durante o regime do Talebã.

Ele morreu em um atentado suicida no norte do Afeganistão dois dias antes do início dos ataques liderados pelos Estados Unidos em 2001.

O ataque de sexta-feira ocorreu perto da Praça Masood, nomeada em homenagem ao líder assassinado.

'Pior que o Iraque'

A resistência do Talebã, principalmente no sul do país, levou a morte de vários soldados da Otan.

Um comandante das tropas britânicas, brigadeiro Ed Butler, disse, em entrevista à rede de televisão ITV, que os soldados atuando no Afeganistão estão enfrentando condições piores do que os que estão servindo no Iraque.

O principal comandante da Otan, o general James Jones, disse, na quinta-feira, que a aliança foi pega de surpresa pela escalada da violência na região.

Ele previu que as próximas semanas serão decisivas na luta contra os insurgentes.

Comandantes em terra pediram reforço não apenas de soldados, como também de helicópteros e de aviões.

Muitos especialistas acreditam que houve sérias falhas na avaliação de serviços de inteligência quando a missão inicial foi estabelecida.

O Talebã governou o país até 2001, quando foi derrubado por uma ofensiva liderada pelos Estados Unidos, após os ataques de 11 de setembro daquele ano.





Fonte: BBC Brasil

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