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Nacional
Sexta - 08 de Setembro de 2006 às 22:08

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Cerca de cinqüenta pessoas, entre amigos e familiares, participaram do enterro do torcedor do Botafogo Vinicio José Ribeiro, 22, baleado no peito em tiroteio nesta quinta-feira envolvendo torcidas do Botafogo, Vasco e Fluminense, poucas horas antes do início do jogo entre os times alvinegro e tricolor, no Maracanã, no Rio de Janeiro. Cinco integrantes da Torcida do botafogo Fúria Alvinegra estiveram no Cemitério do Irajá, mas não quiseram se identificar.

Segundo os torcedores, a torcida organizada se concentrou em frente ao Norte Shopping e seguia em três ônibus em direção ao Maracanã por volta das 16h45, quando foram interceptados por um grupo de cerca de 30 pessoas na esquina das ruas Marques Leão e Frei Fabiano, no Engenho Novo. O grupo apedrejou o ônibus. Havia ainda um Celta com três homens dentro. Dois deles armados teriam efetuados disparos em direção ao ônibus. Além do torcedor do Botafogo, o tricolor Max Leonardo Cavalcanti, 25, foi espancado. O jovem Guilherme Batista Neves, 17, levou um tiro no abdômem e permanece internado em estado estável no Hospital Salgado Filho, no Méier.

Testemunhas disseram que torcedores do Botafogo e da Força Jovem do Vasco se encontraram na Rua Arquias Cordeiro, no Méier, e seguiram a pé para sede da torcida do Fluminense. Depois de cercar os tricolores, grupo de torcedores alvinegros e vascaínos soltaram morteiros. O confronto foi generalizado.

Moradores contaram que viveram minutos de pânico. O vidro traseiro do carro do desempregado Fábio Blos, 25 anos, um Apollo, foi atingido por uma churrasqueira e depois pichado com as inscrições "FJ" (Força Jovem). "Eu estava participando de churrasco com amigos num bar e, de repente, começou a briga. Me protegi e tentei pedir que eles não destruíssem meu carro, mas não adiantou", disse.

Outro morador que não quis se identificar contou que viu pelo menos três torcedores armados de pistola. Na esquina, ainda incendiaram um Celta que, segundo a polícia, foi roubado nesta quinta no Méier e deve ter sido usado por integrantes dos bandos. Na parede de uma casa havia duas marcas de tiro.

De acordo com a Polícia Militar, o torcedor Max Leonardo responde por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Na 25ª DP (Engenho Novo), dois integrantes da Fúria Jovem prestaram depoimento, mas foram liberados. O delegado Alexandre Braga disse que testemunharam não o reconheceram.





Fonte: O Dia

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