Juiz rejeita pedido de acusado de terrorismo
O magistrado Stephen Brown argumentou que os agentes do FBI não detiveram Padilla quando este chegou, em maio de 2002, ao aeroporto internacional O''Hare, Chicago, por isso não tinham a obrigação de ler seus direitos antes de interrogá-lo.
"Padilla não foi retido em nenhum momento nem algemado e se fez todos os esforços possíveis para que o acusado se sentisse confortável", afirmou Brown.
O magistrado ressaltou que os agentes do FBI nunca disseram a ele que não era livre de para se movimentar, segundo documentos do tribunal divulgados hoje.
Além disso, o juiz negou o pedido de Padilla de eliminar declarações obtidas pelo FBI e usadas para sua detenção, informação que supostamente foi obtida após ele ter sido torturado ou ter sido submetido a uma forte medicação.
Na opinião do magistrado, a informação usada para chegar a Padilla também foi fornecida por outras fontes e não há provas de que os agentes do FBI atuaram sem prudência ao escrever a declaração de fatos usada para obter a ordem de detenção.
No entanto, os ditames de Brown estão sujeitos à revisão da juíza Marcia Cooke, responsável da supervisão do caso e que em agosto rejeitou uma das acusações apresentadas contra Padilla. A próxima audiência foi fixada para janeiro de 2007.
Padilla, um americano de ascendência porto-riquenha, é acusado de integrar uma célula que recrutava terroristas e recolhia fundos para uma guerra santa islâmica no exterior.
A Promotoria alega que Padilla e outros dois acusados conspiraram para seqüestrar, ferir ou assassinar pessoas no exterior. Todos os acusados se declararam inocentes.
As autoridades americanas detiveram Padilla em maio de 2002 em Chicago sob suspeita de conspiração para explodir uma bomba suja radioativa nos Estados Unidos. No entanto, esta acusação não faz parte do processo judicial realizado contra ele em Miami.
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