Carro-bomba mata 16 pessoas diante de embaixada dos EUA em Cabul
O ataque, ocorrido pouco antes das orações islâmicas da tarde, foi a mais letal ação suicida em Cabul desde a queda do Taliban, há cinco anos, e acontece pouco antes do quinto aniversário dos ataques do 11 de Setembro nos EUA.
"Alguns deles ficaram em pedaços", disse um policial enquanto equipes de resgate apagavam o fogo e limpavam o sangue da rua, a alguns metros da entrada da embaixada fortificada.
Policiais e funcionários de resgate disseram que pelo menos 16 pessoas, incluindo até sete soldados estrangeiros ou funcionários de segurança, foram mortos na explosão, que arrancou árvores e quebrou janelas em um raio de centenas de metros em todas as direções.
Rebeldes do Taliban assumiram a responsabilidade pelo ataque.
O Exército dos EUA disse que dois militares foram mortos e dois ficaram feridos na explosão.
Forças norte-americanas e afegãs, além de funcionários de empresas particulares dos EUA, isolaram rapidamente o local, enquanto moradores carregavam feridos. Minutos depois da explosão, um carrinho carregado com maçãs e uvas ainda estava em chamas, em meio a corpos jogados na rua.
O ataque, que segundo testemunhas tentou atingir um comboio da Otan, foi incomum. Normalmente, militantes não atacam às sextas-feiras, o dia sagrado de descanso muçulmano.
Combatentes do Taliban começaram a lançar ataques suicidas no final do ano passado, como parte da estratégia contra as forças ocidentais no Afeganistão e para desestabilizar o governo do presidente Hamid Karzai.
Mais de 2.000 pessoas foram mortas neste ano por causa do ressurgimento do Taliban, que provocou as batalhas mais duras desde que forças lideradas pelos EUA derrubaram o grupo do poder, em 2001.
A Otan lançou no último sábado sua maior ofensiva contra o Taliban e afirma ter matado cerca de 300 combatentes e cercado centenas. O Taliban contesta estes números.
Líderes da Otan estão pressionando países-membros a mandarem mais soldados e equipamentos ao instável sul do Afeganistão.
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