López Obrador propõe convenção permanente e conselho político
O líder da coalizão Pelo Bem de Todos dedicou novamente seu discurso diário no Zócalo (praça central da capital) aos principais assuntos que deverão ser abordados na Convenção, marcada para 16 de setembro.
"A Convenção deverá decidir se vai se manter como assembléia soberana, realizando reuniões a cada seis meses, e se vai eleger um conselho político", disse.
López Obrador citou os 10 pontos a serem analisados, como a abolição do "regime de corrupção e de privilégios", o não reconhecimento do Presidente "usurpador" e a criação de um Governo paralelo ou de uma "coordenadoria da resistência civil pacífica".
Também lembrou que essa reunião terá a missão de nomear um "presidente legítimo" e um "coordenador da resistência", que exerceriam funções ainda a definir.
O Governo alternativo terá como meta primordial a proteção dos pobres, a defesa do patrimônio nacional, o combate à corrupção e à impunidade, o direito à informação e a transformação da estrutura do país.
A Convenção deverá decidir se convoca uma Assembléia Constituinte para construir novas instituições "que sejam do povo e para o povo", além de decidir se os acordos serão obrigatórios ou voluntários para os cidadãos.
López Obrador insistiu que seu movimento é legal e se baseia num direito previsto pela Constituição mexicana. Ele se recusa a negociar com o Governo do conservador Felipe Calderón, declarado oficialmente presidente eleito há dois dias, e a quem chama de "boneco de pano" e "espúrio".
"Não vão impor condições. Não vamos aceitar as regras de sempre, nem validar a sua fraude. Podem ficar com as suas instituições corruptas, vamos criar nossa própria instância de Governo", disse López Obrador.
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