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Greenpeace desmente governo sobre Amazônia
Entidades da área ambiental como a Organização Não-Governamental (ONG) Greenpeace contestam o índice de desmatamento da Amazônia entre agosto de 2005 e agosto de 2006 divulgado na última terça-feira. A estimativa do governo indica que o ritmo de devastação tende a ter diminuído até 11% nesse período em relação ao ano anterior. Há cerca de duas semanas, porém, segundo reportagem da agência Carta Maior, o Greenpeace possuía dados que apontavam aumento de 8,4% da área devastada na Amazônia no mesmo período.
Os dois levantamentos se baseiam em informaçoes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A diferença é que a estimativa feita pelo Ministério do Meio Ambiente se baseia em dados coletados pelos satélites do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). O objetivo do Deter é identificar focos de incêndio e pontos de devastação em tempo real. A sua capacidade de captação é a partir de 25 hectares.
Em entrevista à agência Carta Maior, Dalton Valeriano, pesquisador responsável pelos dados do Deter, explica a origem da diferença. Segundo ele, a partir de maio, o Inpe criou duas classes para regiões devastadas, além do próprio desmatamento: queimadas e áreas com indício de degradação, mas sem causa conhecida. Os dados usados pelo Greenpeace somam as três classes para indicar a quantidade de floresta perdida, já o MMA apenas considerou as áreas prejudicadas pelo desmatamento.
De acordo com o Greenpeace, no final de agosto, além de desmatamento e queimadas, a extração ilegal de madeira ocorria em cinco unidades de conservação da Terra do Meio e no entorno da BR-163. Apesar de o MMA ter apontado queda de desmatamento nessas áreas, elas não deixaram de ocorrer. "Registramos atividade intensa dentro das UCs: muitas pessoas, carros, tratores e até pista de pouso", afirma André Muggiati, da campanha da Amazônia do Greenpeace do Brasil.
Marcelo Marquesini, da campanha da Amazônia do Greenpeace, questiona a eficiência da fiscalização e das ações do governo quando dados atuais mostram que municípios historicamente famosos pelo desmatamento aumentaram a taxa de destruição. Altamira, São Felix do Xingu (ambos no PA) e Porto Velho (RO) são alguns desses. Para Marquesini, a impunidade dos infratores não coíbe o crime ambiental e faz com que os envolvidos sejam reincidentes em seus atos. As infrações na Terra do Meio haviam sido multadas pelo Ibama em 2004, mas persistem ali.
Os dois levantamentos se baseiam em informaçoes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A diferença é que a estimativa feita pelo Ministério do Meio Ambiente se baseia em dados coletados pelos satélites do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). O objetivo do Deter é identificar focos de incêndio e pontos de devastação em tempo real. A sua capacidade de captação é a partir de 25 hectares.
Em entrevista à agência Carta Maior, Dalton Valeriano, pesquisador responsável pelos dados do Deter, explica a origem da diferença. Segundo ele, a partir de maio, o Inpe criou duas classes para regiões devastadas, além do próprio desmatamento: queimadas e áreas com indício de degradação, mas sem causa conhecida. Os dados usados pelo Greenpeace somam as três classes para indicar a quantidade de floresta perdida, já o MMA apenas considerou as áreas prejudicadas pelo desmatamento.
De acordo com o Greenpeace, no final de agosto, além de desmatamento e queimadas, a extração ilegal de madeira ocorria em cinco unidades de conservação da Terra do Meio e no entorno da BR-163. Apesar de o MMA ter apontado queda de desmatamento nessas áreas, elas não deixaram de ocorrer. "Registramos atividade intensa dentro das UCs: muitas pessoas, carros, tratores e até pista de pouso", afirma André Muggiati, da campanha da Amazônia do Greenpeace do Brasil.
Marcelo Marquesini, da campanha da Amazônia do Greenpeace, questiona a eficiência da fiscalização e das ações do governo quando dados atuais mostram que municípios historicamente famosos pelo desmatamento aumentaram a taxa de destruição. Altamira, São Felix do Xingu (ambos no PA) e Porto Velho (RO) são alguns desses. Para Marquesini, a impunidade dos infratores não coíbe o crime ambiental e faz com que os envolvidos sejam reincidentes em seus atos. As infrações na Terra do Meio haviam sido multadas pelo Ibama em 2004, mas persistem ali.
Fonte:
O dia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/277141/visualizar/
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