Médicos veterinários de MT comemoram avanços na profissão
A entrada para o evento será dois quilos de alimento não perecível que serão doados para uma entidade filantrópica. Durante a comemoração, será lançada a revista do CRMV-MT – Perfil Profissional, que conta com diversos artigos e reportagens técnicas que abordam assuntos sobre as várias funções desempenhadas pelo médico veterinário.
Segundo o presidente do CRMV-MT, Valney Souza Corrêa, será uma grande oportunidade para reunir a classe Médica Veterinária em uma aula show, que vem encantando diversas platéias coorporativas pelo país. Outro momento importante da comemoração será o lançamento da revista, que é um investimento do Conselho.
“O objetivo da revista é divulgar os diversos trabalhos científicos e abrir para discussão vários temas sobre o papel do médico veterinário dentro da sociedade”, afirmou o presidente. Para ele, a cada dia o médico veterinário ganha mais importância pelo seu trabalho realizado nas descobertas tecnológicas, científicas e culturais, baseadas em pesquisas e nas exigências sociais.
Valney Souza Corrêa lembrou ainda que o profissional contemporâneo está cada vez mais preocupado com a valorização do homem, sua qualidade de vida, bem-estar animal e a preservação dos ecossistemas. “O médico veterinário muito tem contribuído com o futuro da humanidade”, declarou, ao enfatizar que uma das áreas da profissão que mais recebeu destaque foi a da segurança alimentar, com os trabalhos desenvolvidos na área de inspeção de produtos de origem animal.
Para o presidente do CRMV-MT, muito se tem exigido da profissão e uma dessas cobranças está na qualidade dos produtos de origem animal, destinados à alimentação do homem. “A população precisa também fazer sua parte, cobrando dos comerciantes a garantia de que os produtos que estão adquirindo para serem levados à mesa estejam devidamente inspecionados, ou seja, deve-se exigir a nota fiscal de inspeção destes alimentos”.
Outra forma, disse Valney Souza Corrêa, é buscar informações junto ao Responsável Técnico pelo estabelecimento que comercializa produtos de origem animal, geralmente encontrados em supermercados. Mais uma área que ganhou projeção pela presença do médico veterinário foi a da indústria, que hoje produz produtos para animais com tecnologia de ponta como: rações, vitaminas, vacinas e medicamentos, bem como no manejo e conservação de espécies, estudando a reprodução e conservação de animais silvestres em cativeiro, para implantar projetos em reservas naturais.
Perfil do profissional
É o médico veterinário quem controla as zoonoses, que são as doenças de animais transmissíveis ao homem para reduzir esse risco ao mínimo possível e garantir a sua saúde. É um trabalho de saúde pública. Mas não é o único. Também é da responsabilidade do médico veterinário zelar pela qualidade do alimento que se come através de uma especialidade muito desenvolvida chamada Inspeção de Produtos de Origem Animal que inclui todas as fases: da produção, à exposição nos supermercados, passando pela criação, abate, industrialização e comercialização. Mas o papel do médico veterinário vai ainda mais além, abrangendo uma série de atividades como a cirurgia experimental. A moderna cirurgia videolaparoscópica (que é a menos invasiva e na qual o médico visualiza o interior do corpo humano através de uma câmara de TV). O controle dos biotérios - criação de animais de laboratório - que são usados para pesquisas e diagnósticos de importantes zoonoses, como por exemplo: a Raiva.
O Decreto
No dia 9 de setembro de 1932, por meio do Decreto nº 23.133, o então presidente Getúlio Vargas normatizou a atuação do médico veterinário e o ensino da profissão no país. Em função disso, a data passou a ser comemorada como o Dia do Veterinário. No entanto, já existiam escolas de veterinária no Brasil: a escola de Veterinária do Exército, fundada em 1914, e a escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, fundada em 1913; ambas no Rio de Janeiro.
A partir de 1940, para o exercício da profissão passou a ser exigido o registro do diploma na Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário do Ministério da Agricultura, órgão fiscalizador da profissão. Vinte e oito anos depois, com a lei de criação dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, a função de fiscalizar o exercício da profissão foi transferida aos Conselhos. Os mesmos passaram a ser os responsáveis pelo registro profissional.
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