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Internacional
Quarta - 06 de Setembro de 2006 às 10:28

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A China fez um apelo na quarta-feira para que as negociações com a Coréia do Norte sejam menos agressivas e disse que não vai dar seu apoio a sanções contra o país, mas manifestou estar decepcionada com o vizinho e aliado devido aos testes com mísseis realizados em julho.

A China e os Estados Unidos discutiram a possibilidade de advertir a Coréia do Norte para que não conduza um teste nuclear, disse em Pequim o secretário-assistente de Estado dos EUA, Christopher Hill, e o diretor-geral do Departamento de Informação do Ministério das Relações Exteriores chinês, Liu Jianchao, afirmou que ainda há espaço para negociações.

"A melhor maneira de solucionar a questão nuclear na península coreana é pelo diálogo, portanto não apoiamos nenhum tipo de sanção," disse Jianchao durante o Reuters China Century Summit.

A China é uma aliada antiga da Coréia do Norte e fornece ao país apoio econômico e na área de energia, mas manifestou decepção com a realização dos testes com mísseis pelo governo norte-coreano no dia 5 de julho, apesar do apelo público feito pelo premiê chinês, Wen Jiabo, para que o lançamento não fosse realizado.

Liu disse que a China está comprometida em prosseguir com seu relacionamento com a Coréia do Norte, mas acrescentou que "isso não significa que concordemos em todas as questões."

"Ficamos muito preocupados com a situação por causa do lançamento dos mísseis pela Coréia do Norte," disse ele. Liu disse ainda que a China também está tentando usar sua influência para convencer o Irã a responder de forma "mais positiva" às pressões internacionais para que suspenda o enriquecimento de urânio, que as potências ocidentais temem servir de fachada para o desenvolvimento de armas nucleares.

"O presidente iraniano disse que o Irã não tem intenção de possuir uma bomba atômica," disse Liu sobre as negociações entre Mahmoud Ahmadinejad e o presidente da China, Hu Jintao, que ocorreram este ano.

"Esperamos que ele tenha falado a verdade e que o lado iraniano comprove à comunidade internacional suas intenções, e que também responda de forma mais construtiva às propostas."

O premiê chinês também disse na terça-feira que a imposição de sanções contra a Coréia do Norte e o Irã pode aumentar a dimensão das pressões, e afirmou esperar que o governo iraniano ceda às preocupações internacionais.

MAIS TESTES

Serviços de inteligência norte-americanos detectaram um movimento suspeito de veículos no local dos testes norte-coreanos, segundo informações reveladas pela imprensa no mês passado, mas desde então tanto Seul quanto Washington vêm minimizando a possibilidade de um teste nuclear.

"Falamos sobre a necessidade de deixar bem claro para a DPRK que isso seria um desdobramento muito indesejável," disse Hill a repórteres depois de se encontrar com Wu Dawei, o diplomata chinês responsável pelas negociações com a Coréia do Norte.

As negociações de seis partes patrocinadas pela China vêm sendo boicotadas pela Coréia do Norte desde novembro.

Na quarta-feira, em Seul, os vice-ministros das Relações Exteriores da Coréia do Sul e do Japão se encontraram para discutir vários assuntos, inclusive os programas nucleares e bélicos da Coréia do Norte.





Fonte: EFE

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