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Economia
Quarta - 06 de Setembro de 2006 às 07:14
Por: Sandra Pinheiro Amorin

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As 30 usinas hidrelétricas em Mato Grosso estão operando com 55% da capacidade de geração de energia elétrica por conta do período de estiagem. A produção média de 900 megawatts/hora (MW/h) caiu para 500 MW/h, fato que aumenta o risco de apagão diante da paralisação da Usina Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá), há uma semana por falta de gás natural. A demanda de consumo hoje é de 790 MW a 800 MW, por isso o Estado está tendo que importar cerca de 300 MW/h para atender o mercado.

Os números foram reforçados ontem em reunião de diretores da distribuidora Cemat com o Ministro de Minas e Energia (MME) Silas Rodeau. "Pedimos uma audiência para reforçar a nossa preocupação com a paralisação da termelétrica", afirma o vice-presidente de Operações da concessionária, Antônio da Cunha Braga. Diretores da Usina Mário Covas não participaram do encontro.

Braga confirma as informações oficiais do governo boliviano de que tubulações do duto principal em Rio Verde (Bolívia) e dois compressores sofreram avarias. A reparação está sendo feita, mas o MME informa que não há previsão oficial para a retomada do envio do gás ao Estado.

Na próxima semana, Rondeau e mais dois ministros viajarão para a Bolívia para tratar desses problemas técnicos que provocaram a suspensão do fornecimento ao Estado e dos contratos com a Petrobras, o que implica em questões comerciais e políticas.

Apagão - O vice-presidente de Operações da Cemat avalia que se a termelétrica receber gás suficiente para conseguir gerar 135 MW/h, já reduzirá substancialmente o risco de apagões.

Ele frisa que a região metropolitana é a área com maior perigo de sofrer blecaute, seguida por toda a Baixada Cuiabana, como aconteceu na quinta-feira da semana passada. Porém, reitera que não há risco de todo o Estado vir a sofrer apagão dentro das condições apresentadas de vulnerabilidade com a suspensão das operações da Usina Mário Covas. "A queda de temperatura está jogando à favor", afirma Braga, ao lembrar que nessa época do ano ocorre uma alta de 10% na demanda de consumo em decorrência da alta temperatura.




Fonte: A Gazeta

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