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Economia
Quarta - 06 de Setembro de 2006 às 06:23
Por: Sheila Fontes

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O comércio se desfaz da coleção outono-inverno com promoções de todos os tipos. Depois de esperar por um inverno que não chegou, lojistas buscam nas promoções -- de até 60% -- uma saída para desovar a antiga coleção. As vendas, que tendem a aumentar durante os últimos dois trimestres do ano, são o grande estímulo de vendedores e lojistas.

O lojista Felipe Goelzer, da loja Adlife Style, conta que quem comprou roupas de inverno foram aqueles que viajaram. “Vendi bem a minha coleção. Apesar de já ter vivido cenários melhores em outras épocas, temos a perspectiva de melhora nas vendas”, crê.

A chegada de uma frente fria nesta semana à Capital tem sido boa para o consumidor e nem tanto ao lojista. Para aproveitar a baixa na temperatura, o comércio decidiu reduzir o preço de artigos que já estavam em promoção, porque a nova estação, que começa na segunda quinzena do mês, vai deixar a antiga tendência encalhada. A gerente da loja da Blue Moon, Claunice Stein, revela o tamanho do desconto. Uma jaqueta que há alguns meses custava R$ 138 agora é vendida R$ 39,90, 60% mais barata.

Segundo o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Tecidos, Confecções e Armarinhos (Sincotec), Roberto Perón, a queda nas vendas de inverno foi cerca de 7% menor em todo o País em comparação com o mesmo período do ano passado, mas em Mato Grosso esse percentual chega 50% nesse mesmo intervalo de tempo. “Realmente não tivemos aquecimento nas vendas de inverno, mas isso não foi só em Mato Grosso, porque simplesmente não tivemos frio neste ano”.

VANTAGEM -- Quem vendeu bem em agosto, independente do clima, foram as lojas de roupas masculinas, que por conta do Dia dos Pais conseguiram um incremento para o segmento especializado. O vendedor Pedro Luna, da Casa Prado, afirmou que o mês de agosto fechou com saldo positivo. Mesmo com início considerado “morno”, setembro alimenta a expectativa de reação por conta das promoções. “Estamos com 5 mil peças com 50% de desconto e esperamos que isso atraia o público neste mês”, anuncia.

Se para alguns o mês de agosto foi bom, para outros lojistas nunca se viu um mês tão parado. Segundo a vendedora Janete Ferreira, da loja de roupas femininas Flávia Mesquita, o movimento vem caindo gradativamente. Ele observa que apesar de estar localizada dentro de um shopping, muitas pessoas estão pesquisando, olhando e comprando pouco. “Mesmo com as promoções, o movimento não está bom, e isso é um reflexo da falta de renda das pessoas”, aponta. A perspectiva, segundo ela, é de que a partir do dia 10, quando todo o funcionalismo público estiver com a folha de agosto quitada, haja um aquecimento nas vendas.

Para Perón, o pagamento em dia dos poderes públicos municipal e estadual contribui para que o comércio mantenha um ritmo de vendas mês a mês. “O pagamento em dia e a perspectiva de outra parcela do 13º são pontos positivos para o comércio, que vem perdendo em vendas nos últimos cinco anos”, analisa.

CRIANÇAS -- E por mais estagnado que o comércio esteja, a cada data comemorativa o segmento se porta com otimismo e agora aguarda pelos resultados do Dia das Crianças para recuperar receita. “Esperamos a sensibilização de pais, avós, madrinhas, padrinhos e tios, para que presenteiem as crianças em 12 de Outubro, contribuindo para a recuperação do comércio”, declara Perón.




Fonte: Diário de Cuiabá

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